PUBLICIDADE

Dólar sobe pela sexta sessão seguida e encosta em R$3,13

Segundo dados da BM&FBOVESPA, o giro financeiro ficou em torno de US$ 877 milhões (próximo de R$ 2,7 bilhões) nesta sessão

9 mar 2015 - 17h51
Compartilhar
Exibir comentários
<p>A moeda americana subiu 2,39%, a R$ 3,1297 na venda</p>
A moeda americana subiu 2,39%, a R$ 3,1297 na venda
Foto: Sergio Moraes / Reuters

O dólar fechou com alta de mais de 2% nesta segunda-feira (9), avançando pela sexta sessão seguida, diante de preocupações com a oposição à presidente Dilma Rousseff e o escândalo em torno da Petrobras, que podem gerar ainda mais obstáculos para o ajuste fiscal promovido pela equipe econômica.

A moeda americana subiu 2,39%, a R$ 3,1297 na venda, após marcar na sessão anterior a maior alta semanal desde a crise financeira de 2008. O nível de fechamento desta sessão foi o maior desde 22 de junho de 2004, quando a divisa ficou em R$ 3,133.

Na máxima do dia, atingiu R$ 3,1331, maior cotação intradia desde junho de 2004. Nos últimos seis pregões, o dólar acumulou alta de 7,02%.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 877 milhões (próximo de R$ 2,7 bilhões) nesta sessão.

"Não tem nenhum vendedor (de dólares) no mercado. Quem vir motivos pontuais para explicar essa alta está chutando, a verdade é que há um pânico generalizado", disse o operador de um importante banco nacional.

<p>O nível de fechamento desta sessão foi o maior desde 22 de junho de 2004, quando a divisa ficou em R$ 3,133</p>
O nível de fechamento desta sessão foi o maior desde 22 de junho de 2004, quando a divisa ficou em R$ 3,133
Foto: Paulo Whitaker / Reuters
Panelaço reflete no mercado

No domingo (8), durante a transmissão pela TV de discurso em que defendeu que o ajuste econômico atualmente em curso no Brasil vai durar o tempo que for necessário, Dilma foi vaiada em diversas cidades, enquanto pedia união e paciência.

As manifestações "deixam evidente o forte nível de desaprovação pelo qual a atual gestão vem passando", escreveu em nota a clientes Ricardo Gomes da Silva Filho, operador da corretora Correparti.

Ele lembrou ainda a divulgação da lista de investigação de dezenas de parlamentares devido ao caso de corrupção da Petrobras, "potencializando ainda mais a falta de credibilidade de nossas lideranças".

À tarde, a agência de classificação de risco Moody's disse que a investigação de corrupção na Petrobras vai afetar de forma negativa partes dos setores público e privado brasileiro. As medidas de reequilíbrio das contas públicas vinham servindo como um alento para investidores em meio à perspectiva de contração econômica e inflação de mais de 7% neste ano.

Panelaço durante pronunciamento da presidente Dilma Rousseff:
Intervenção de BC no dólar

Nas últimas semanas, contudo, as dificuldades que o governo tem enfrentado para implementar essas ações mudaram o cenário, levando investidores a evitar ativos brasileiros e impulsionando o dólar aos maiores níveis em mais de dez anos.

O movimento também reforçou a incerteza sobre o futuro das intervenções diárias do Banco Central no câmbio, marcadas para durar pelo menos até o fim de março.

Nesta manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 2 mil swaps pelas rações diárias, todos com vencimento em 1º de dezembro de 2015 e equivalentes a US$ 98,3. Também foram ofertados contratos para 1º de março de 2016, mas nenhum foi vendido.

O BC também vendeu a oferta total no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, foram rolados cerca de 22% do lote total, que corresponde a US$ 9,964 bilhões.

Veja como mudaram os logotipos de empresas famosas Veja como mudaram os logotipos de empresas famosas

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade