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Dólar fecha estável com possível entrada de capital externo

A perspectiva de juros elevados permite entrada de capital no país

26 jun 2015 - 18h22
(atualizado às 18h31)
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Loja de câmbio no Rio de Janeiro 4/3/2015
Loja de câmbio no Rio de Janeiro 4/3/2015
Foto: Sergio Moraes / Reuters

O dólar fechou estável ante o real nesta sexta-feira (26), com a perspectiva de mais altas de juros no Brasil ofuscando persistentes preocupações com a crise envolvendo a dívida da Grécia.

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A moeda norte-americana ficou em R$3,1282 na venda, acumulando na semana alta de 0,84%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de U$1,3 bilhão.

"De maneira geral, foi um dia sem grandes notícias e o dólar caminhou de lado", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Analistas da corretora Lerosa Investimentos escreveram em relatório que, sobre a Grécia, a semana "começou esperançosa e termina com incertezas e angústias".

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, convocou nesta sexta-feira (26) uma reunião urgente de seu gabinete após líderes da zona do euro advertirem que Atenas tem até o fim de semana para aceitar um acordo que evite o calote. No sábado (27) haverá uma reunião entre os ministros de Finanças do Eurogrupo para tratar do assunto.

Nesse contexto, o dólar se fortalecia em relação a moedas como o euro e os pesos chileno e mexicano.

No Brasil, no entanto, a perspectiva de que o Banco Central continue elevando os juros sustentou expectativa de entradas de capitais externos no país, o que aliviaria as cotações aqui.

Finanças: existe melhor período para comprar dólar?:

Na véspera, o governo fixou a meta de inflação medida pelo IPCA em 4,5% ao ano para 2017, mas reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ante os atuais 2 pontos, sustentando as expectativas de que o BC continuará adotando postura austera ao elevar a Selic.

No mercado de juros futuros, investidores apostam que a taxa básica de juros, atualmente a 13,75%, deve subir a 14,75% ao fim do atual ciclo de aperto monetário.

"A expectativa de alta de juros limita o espaço para altas muito fortes do dólar, pelo menos enquanto não temos grandes novidades em relação ao Fed", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, referindo-se às dúvidas sobre quando o Federal Reserve, banco central norte-americano, começará a elevar os juros nos Estados Unidos.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Com isso, repôs o equivalente a U$5,713 bilhões ao todo, ou por volta de 65% do lote total, que corresponde a U$8,742 bilhões.

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