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Dólar fecha em leve queda, a R$ 2,22, em dia de atuação do BC

ECONOMIA - Política Monetária

18 jul 2013 - 15h09
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O dólar operou em vaivém nesta quinta-feira em relação ao real, mas acabou fechando com leve queda graças à atuação do Banco Central por meio de leilão de swap cambial tradicional diante do movimento especulativo originado no mercado futuro. O dólar fechou em leve queda de 0,09%, para R$ 2,2251 na venda, depois de atingir a mínima de R$ 2,2170 e a máxima de R$ 2,2431. O volume ficou em cerca de US$ 2 bilhões, de acordo com dados da BM&F.

"A atuação do BC, ao antecipar a rolagem dos swaps, fez o mercado tomar tudo e indicar que a demanda para essa operação está alta", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, ressaltando, por outro lado, que a liquidez está reduzida.

No leilão, realizado pela manhã, o BC vendeu integralmente o lote de 20 mil contratos de swap tradicional - equivalente à venda de dólares no mercado futuro -, movimentando quase US$ 1 bilhão, dando início ao processo de rolagem de 114,3 mil contratos que vencem no dia 1º de agosto próximo.

No momento do leilão, o dólar inverteu a alta da abertura e passou a cair, movimento que permaneceu por mais tempo após o resultado do leilão e do anúncio de mais uma oferta com as mesmas características para a manhã de sexta-feira.

Segundo um operador de um banco nacional, que pediu anonimato, os movimentos no mercado cambial nesta quinta-feira foram determinados pelo mercado futuro de dólar, numa ação especulativa vindo de investidores que buscavam elevar a cotação da moeda norte-americana. "Não tem algo específico. Tem investidor de tudo quanto é tipo tentando puxar a cotação no futuro", disse o operador, acrescentando que a ação do BC conseguia limitar esses movimentos.

Se no mercado à vista a liquidez ficou pequena, no futuro teve maior agitação com movimentos de investidores tentando puxar a alta da moeda americana. "O BC está interferindo para tentar conter o efeito gangorra na cotação", afirmou o diretor-executivo da NGO, Sidnei Nehme.

No mercado futuro, o contrato de dólar para agosto caía 0,02%, a R$ 2,2325. Na mínima do dia, a cotação já foi a R$ 2,2240 e, na máxima, a R$ 2,2485. A captação do Banco do Brasil de 700 milhões de euros (cerca de R$ 2 bilhões) no exterior chegou a causar expectativa no mercado de que a operação movimentasse o câmbio, mas o banco estatal vai manter o dinheiro no exteriorpara compôr seu caixa.

Fonte: Reuters News
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