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Dólar avança 1% e volta a R$2,25, com investidores de olho nos EUA

1 nov 2013 - 17h22
(atualizado às 18h31)
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O dólar subiu 1% e superou o nível de R$ 2,25 nesta sexta-feira, com investidores testando patamares mais altos depois de a moeda norte-americana ter disparado quase 2% na sessão anterior por temores de que o banco central norte-americano reduza seus estímulos em breve.

O dólar avançou 1,03%, a R$ 2,2573 na venda, com volume de negócios de US$ 753 milhões, segundo dados da BM&F. É o maior nível para a divisa desde 27 de setembro, quando ficou em R$ 2,2575. Na máxima do dia, a divisa alcançou R$ 2,2636.

"A gente está vendo uma forte aversão a risco motivada pela não sinalização do Fed sobre redução dos estímulos", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Sinais sobre o futuro do programa de recompra de bônus do Federal Reserve devem continuar guiando as cotações da moeda norte-americana nas próximas sessões, mantendo investidores particularmente atentos a dados sobre a economia dos EUA.

Por meio desse programa, o Fed injeta US$ 85 bilhões por mês na economia dos EUA. Parte destes recursos geralmente se dirige a mercados emergentes, em busca de rendimentos maiores.

Na véspera, a moeda dos Estados Unidos teve forte alta de 1,93%, para R$ 2,2343, o maior nível de fechamento desde 27 de setembro.

O forte movimento da quinta-feira, ampliado pela rolagem parcial dos contratos de swap cambial tradicional com vencimento nesta sessão e pela formação da Ptax de outubro, quebrou diversos pontos de resistência técnica, estimulando investidores a testarem patamares mais elevados para a moeda norte-americana.

Apesar disso, especialistas acreditam que o Banco Central não realizará outras intervenções além daquelas previstas em seu programa de atuações diárias no mercado de câmbio. Segundo eles, o dólar deve retornar nos próximos dias ao nível de R$ 2,20, considerado um patamar de equilíbrio pelo mercado.

Pela manhã, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, ressaltou que o programa iniciado em agosto não tem data para acabar.

Embora o BC tivesse dito que as intervenções no câmbio durariam pelo menos até o final do ano, as declarações do diretor sugerem que a autoridade monetária está mais inclinada a continuar o programa no ano que vem.

Nesta sexta-feira, o BC deu prosseguimento ao programa de intervenções com mais um leilão de linha. Foram vendidos até US$ 1 bilhão com compromisso de recompra em 6 de março de 2014.

"Com certeza, o movimento de alta da última sessão e desta manhã foi exagerado", afirmou o operador de um banco nacional.

"O mercado deve trabalhar em torno de R$ 2,20, considerando que a gente também tem expectativa de entrada de recurso pelo leilão de Libra", acrescentou ele, referindo-se ao pagamento de bônus de R$ 15 bilhões que o consórcio vencedor, que inclui empresas estrangeiras, terá de bancar neste mês.

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