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Desmatamento cresce 167% na Amazônia Legal

Imazon registra 273 quilômetros de devastação em agosto, 76% no Estado do Pará

14 out 2009 - 13h24
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O presidente Lula disse que o Brasil vai reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020. Os matemáticos dizem que 80% de nada é nada. Ou seja, do jeito que vai, dá para prometer até 100%, porque não haverá mais o que desmatar e portanto o desmatamento cairá a zero, será reduzido em 100%. O que o satélite que identifica o desmatamento em tempo real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais denunciou em setembro, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon confirmou agora. Em agosto, a Amazônia Legal perdeu 273 quilômetros quadrados de florestas, um aumento de 167% em relação a agosto de 2008.

A devastação foi maior no Pará (76%), e em menor proporção em Mato Grosso(8%), Amazonas (6%) e Rondônia (5%). Os demais Estados contribuíram com cerca de 5% do desmatamento, informa o instituto.

No Pará, o desmatamento ocorreu de maneira mais concentrada no trecho da BR-163, que vai da fronteira com o Mato Grosso até Itaituba; na área de influência da rodovia Transamazônica entre os municípios de Marabá e Uruará e em São Félix doXingu.

O desmatamento foi expressivo nas áreas protegidas, atingindo 48% do total no mês, a maior proporção de desmatamento registrada pelo SAD. As unidades de conservação mais afetadas pelo desmatamento foram APA Estadual Triunfo do Xingu (na Terra do Meio) com 18,7 quilômetros quadrados desmatados e Floresta Nacional do Jamanxim (BR-163, Pará) com 4,2 quilômetros quadrados e a Terra Indígena Apyterewa (na Terra do Meio, Pará) com 10 quilômetros quadrados.

A invasão por criminosos de áreas que deveriam ser protegidas confirma a tese do pesquisador Alberto Setzer, do Inpe, as unidades de preservação queimam em base praticamente anual, o que ele considera uma verdadeira desobediência civil.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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