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RJ: crise financeira leva Estaleiro Mauá a fechar as portas

Operação Lava Jato levou Petrobras a reavaliar sua realidade financeira, causando prejuízos para o estaleiro

3 jul 2015 - 13h24
(atualizado às 14h04)
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O Estaleiro Eisa - Petro Um (antigo Mauá) fechou as portas, temporariamente, em razão da crise financeira provocada pelas medidas de adequação da Petrobras à nova realidade financeira surgida a partir da Operação Lavo Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF), que levou à prisão diversos ex-dirigentes da estatal e também de algumas das principais empreiteiras do País.

Redução dos investimentos da Petrobras afetou o Estaleiro Mauá
Redução dos investimentos da Petrobras afetou o Estaleiro Mauá
Foto: Divulgação

Em nota divulgada ontem (2), o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí informou que o fechamento das portas da empresa será necessário até que o estaleiro se adeque as questões financeiras.

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Em reação ao comunicado, o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói está convocando todos os funcionários do Estaleiro Mauá para uma concentração na porta do Sindicato a partir das 8h desta sexta-feira (3) para organizar uma grande passeata em direção à Petrobras com atos também na sede da Transpetro, subsidiária da Petrobras e da Caixa Econômica Federal, todos localizados no centro do Rio.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Edson Rocha, repudiou a decisão da direção do Estaleiro Mauá e a péssima gestão financeira da empresa que ceifou os sonhos e o futuro de milhares de trabalhadores pela sua incompetência.

“Fechar o Estaleiro Mauá é cuspir na história dos trabalhadores e em todo esforço do governo para recuperar os investimentos no setor naval", disse Edson Rocha, acrescentando que a corrupção na Petrobras não pode ser motivo para destruir a indústria brasileira. A Justiça deve punir as pessoas corruptas e não as empresas, disse Edson Rocha.

Na avaliação de Rocha, quem paga o preço novamente é o povo trabalhador. “Agora é hora de unir forças. Vamos para as ruas protestar e brigar pelos nossos empregos.” Ele observou ainda que o trabalhador não pode pagar o preço da ineficiência dos gestores e nem da corrupção. "Vamos unir forças! Não vamos cair! Os metalúrgicos de Niterói são fortes e não fogem a luta."

O estaleiro está localizado no bairro Ponta da Areia, em Niterói, e é administrado pelo grupo Synergy. O documento enviado ontem aos funcionários por meio de uma circular informa que, a partir de hoje, todos os trabalhadores devem permanecer em casa.

No documento, o grupo Synergy avisa que as atividades estão encerradas temporariamente e atribui a medida à crise financeira cada vez mais profunda que vem atravessando. A recomendação chegou aos trabalhadores nove dias após outros mil funcionários terem sido demitidos.

Agência Brasil Agência Brasil
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