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Copom volta a elevar Selic e taxa vai a 11,25% ao ano

Alta de 0,25 ponto percentual tem o objetivo de intensificar o movimento para conter o avanço da inflação

29 out 2014 - 20h24
(atualizado em 30/10/2014 às 09h25)
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<p>Sede do Banco Central em Brasília</p>
Sede do Banco Central em Brasília
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Depois de manter a taxa básica da economia no mesmo patamar nas três últimas reuniões, o Banco Central (BC) decidiu, na noite desta quarta-feira, elevar em 0,25 ponto percentual a Selic, para 11,25% ao ano, em movimento para conter a alta da inflação, anunciou o Comitê de Política Monetária (Copom).

A Selic passou por um ciclo de nove altas seguidas, até abril, quando foi ajustada para 11% ao ano. Em maio, o aperto monetário foi interrompido e a taxa também foi mantida nas reuniões realizadas em julho e setembro. Os diretores do BC se reúnem a cada 45 dias para decidir o patamar da taxa Selic.

Mecanismo

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, que causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

Ao elevar a Selic em 0,25%, o BC sinaliza que está intensificando a tentativa de trazer a inflação ao centro da meta. A autoridade monetária tem reiterado que os efeitos de alta da taxa básica se acumulam e levam tempo para aparecer.

Num período de 12 meses encerrados em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do País, acumula alta de 6,75%, acima do teto da meta do BC, de 6,5%.

O Banco Central persegue a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional. O centro da meta é 4,5% ao ano. Pesquisa mais recente do BC com economistas do mercado financeiro estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do País, feche o ano com alta de 6,45%.

Na próxima semana, o BC divulga a ata da reunião, com as explicações sobre a decisão.

Histórico

Quando a presidente Dilma Rousseff tomou posse, em janeiro de 2011, os juros básicos estavam em 10,75% ao ano. Após quatro altas, os juros foram gradualmente reajustados para baixo nos meses seguintes. Em agosto do mesmo ano, a taxa passou a ser reduzida sucessivamente pelo Copom até atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012, o menor patamar da história. A Selic foi mantida nesse nível até abril de 2013, quando o Copom iniciou um novo ciclo de alta nos juros básicos para conter a inflação.

Fonte: Terra
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