Copa transforma escola de inglês em filão de investimento
Apostar no segmento de escolas de idiomas é um ótimo negócio para quem pretende se tornar um empreendedor. A opinião é do supervisor de franquias da Fundação Fisk, Fernando Lobo de Moraes. Segundo ele, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 trarão milhares de turistas ao País, que movimentarão vários setores da economia. Para aproveitar as oportunidades de negócios, será fundamental saber se comunicar em outra língua. Outro ponto é a qualificação da mão de obra. "Muitos profissionais já perceberam que falar outro idioma é essencial para se destacar no mercado de trabalho", diz Moraes.
A Fisk oferece cursos de inglês, espanhol - carros-chefe do negócio -, português sem tropeços, para brasileiros, e informática. Com faturamento de R$ 900 milhões em 2011, o que representa um crescimento de 20% em relação a 2010, a rede estima que este patamar ficará entre 20% e 30% este ano.
Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) relativos a 2010 mostram que a escola ficou em oitavo lugar no ranking de número de unidades. Atualmente, a rede conta com 1.000 unidades, das quais 969 são franquias. Já o segmento de educação e treinamento como um todo é o quinto em faturamento entre as franquias, tendo crescido 5,3% entre 2009 e 2010. A ABF também concedeu o título de melhor franqueadora na área de educação à Fisk por duas vezes - o feito é inédito entre as escolas de idiomas.
A rede opera em todos os estados e nas principais cidades brasileiras. Segundo Moraes, em 2012 a escola prevê crescer em todas as regiões, com destaque para a Sul e a Sudeste.
Interior é alvo
Sem especificar números, a rede afirma que o interior de São Paulo é um dos focos de seu plano de expansão. Nos últimos cinco anos, a franquia alcançou uma média de 50 novas unidades por ano, no País e no exterior. Além do Brasil, a Fisk está presente em Angola, na Argentina, nos Estados Unidos, no Japão e no Paraguai.
"Um dos nossos diferenciais é o suporte que oferecemos ao franqueado", diz Moraes. A consultoria vai da escolha do projeto arquitetônico até treinamentos nas áreas de marketing, recursos humanos e vendas.
Donas de três unidades em Araraquara, no interior de São Paulo, as franqueadas da Fisk Silvania Ragonese e Denilce Kina contam estar satisfeitas com o negócio. "Fiz Comércio Exterior, mas a capacitação técnica necessária para gerir um negócio obtive por meio da Fisk", diz Silvania.
A empreitada das sócias começou em 1994. Na época, já havia uma unidade da escola de idiomas na cidade, que foi adquirida por elas. As outras foram abertas em 1996 e 2006. A expansão, explica Silvania, se deu por conta do aumento do número de interessados em aprender idiomas na região. "Esse mercado ainda vai crescer. A conscientização de que o domínio de outra língua é necessário está apenas no início", opina.
A opção pela Fisk aconteceu por dois motivos: Denilce já havia sido professora de inglês da escola e as duas sócias acreditavam que uma marca consolidada atrairia alunos com mais facilidade. "O desafio é maior se o aluno não conhece o nome da escola. Por isso, na Fisk, o retorno financeiro é mais rápido", acredita Silvania.
Para 2012, os planos são de crescer com segurança. "Não vamos abrir uma nova unidade. Pelo menos por enquanto. Queremos expandir as três que já temos", afirma Denilce. O grande desafio de uma escola de idiomas, alerta a sócia, é manter o aluno sempre motivado: "prestamos um serviço e a concorrência é grande".
Fisk em números
Setor: Educação
Resumo do negócio: Rede de escolas de idiomas e informática
Número de unidades: 1.000
Unidades próprias: 31
Unidades franqueadas: 969
Faturamento mensal médio: R$ 26 mil para uma escola com cerca de 200 alunos
Taxa de royalties: Não cobra
Taxa de propaganda: Não informada pela rede
Capital para instalação: A partir de R$ 50 mil, mais adequações no imóvel
Taxa de franquia: Não cobra
Capital de giro: A partir de R$ 50 mil
Prazo de retorno estimado: 12 a 24 meses
Principais concorrentes no segmento: Wizard, CCAA, CNA
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