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Copa: ministro ameaça fechar hotéis com "preços abusivos"

13 jun 2013 - 13h16
(atualizado às 13h23)
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Aldo Rebelo promete "tolerância zero" com preços abusivos
Aldo Rebelo promete "tolerância zero" com preços abusivos
Foto: Agência Brasil

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anunciou nesta quinta-feira "tolerância zero" para abusos de preços nas diárias dos hotéis, conforme denúncias divulgadas pela imprensa, por causa da Copa das Confederações, que começa neste sábado (15), em Brasília, com o jogo Brasil x Japão, e da Copa do Mundo de 2014, programada para acontecer em 12 capitais brasileiras.

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o ministro disse que o governo poderá acionar a Polícia Federal, além dos órgãos de fiscalização dos estados e municípios, pois "aqueles que pensam que podem abusar dos consumidores precisam saber que a mão pesada do Poder Público vai agir e pode até ter hotel fechado por causa disso".

Rebelo alertou ainda que "na última vez em que (os hotéis) tentaram fazer isso, tiveram que devolver dinheiro às pessoas que pagaram preços abusivos na Rio+20, no Rio de Janeiro". Ele acrescentou que o governo não vai aceitar que a rede hoteleira aproveite os eventos esportivos para superfaturar os preços, pois "isso vai prejudicar o País e a cidade onde for praticado esse abuso, que perderá eventos e destinos turísticos".

Copa do Mundo 2014

Segundo levantamento da Embratur, a média das tarifas de hotéis no Rio de Janeiro para datas durante a Copa do Mundo de 2014 é de US$ 461 (cerca de R$ 994), ante US$ 198 (R$ 426) para julho deste ano e US$ 212 (R$ 456) na temporada da Copa das Confederações. A média das diárias dos hotéis cariocas durante toda a competição, por exemplo, é 2,5 vezes maior do que cobrado pelo hotéis de Joanesburgo na final da Copa do Mundo de 2010.

Na final da última Copa do Mundo, a tarifa média era de US$ 200. Em Berlim, na final de 2006, a média da final era US$ 300. O levantamento da Embratur foi feito a partir do site da Fifa, com dados da quarta-feira. A entidade máxima do futebol mundial fez acordos por meio de uma empresa tercerizada com mais de 800 hotéis para oferecer leitos nas 12 cidades-sede, pagando 70% da chamada tarifa de balcão (para quem não faz reserva antecipada).

Por se tratar de um contrato entre entes privados, o governo não sabe se a alta é decorrente do que os hotéis cobraram na venda dos quartos a Fifa ou se foi a entidade que aumentou a margem de lucro. Na avaliação do presidente da Embratur, o risco para o País com a cobrança de preços muito superiores é a imagem do Brasil como um destino turístico caro - o que pode desestimular a vinda de turistas no futuro - e também o impacto da inflação na economia brasileira.

Agência Brasil Agência Brasil
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