PUBLICIDADE

Construção prevê crescimento mais perto de zero em 2014

Câmara Brasileira da Indústria da Construção espera estagnação ou avanço de até 1%

19 ago 2014 - 17h16
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Proje&ccedil;&atilde;o anterior apontava alta de 2,5%</p>
Projeção anterior apontava alta de 2,5%
Foto: Getty Images

A indústria brasileira da construção reduziu nesta terça-feira a previsão de crescimento do setor para 2014, refletindo o baixo crescimento da economia, atrasos em obras públicas de infraestrutura e conclusão de programas habitacionais.

A previsão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o ano passou a ser de estagnação ou avanço de até 1%, ante projeção anterior de alta de 2,5%. "Quando a economia desacelerou, os setores colocaram o pé no freio do investimento, as obras da Copa acabaram e as concessões não ocorreram na velocidade que esperávamos", disse o presidente da entidade, José Carlos Martins.

Com o ritmo abaixo do esperado, os construtores listam atrasos na execução de obras públicas, atraso de pagamentos pelo governo, legislação ambiental confusa, elevado rigor nas leis trabalhistas e excesso de burocracia.

"Há um entrave nas obras públicas", disse Martins. Entre os programas com problemas, segundo ele, está o habitacional Minha Casa Minha Vida. A meta do governo federal de construir 2,75 milhões de unidades da fase 2 do programa está sendo cumprida sem a fase 3 entrar em vigor, deixando empresas ociosas e sem margem de contratação, afirmou.

Para evitar paralisação de negócios e demissão de operários, a CBIC pedirá ao presidente eleito em outubro o aumente de cerca de 350 mil unidades na meta da fase 2 do programa, ampliando o prazo até meados de 2015 para as construtoras terem margem de operacional até que o governo federal decida sobre a fase 3.

"Queremos uma sinalização de que o programa continuará por mais seis meses", disse. Sem garantia de continuidade da contratação do projeto federal e com obras públicas em atraso, a CBIC vai esperar o desempenho do segundo semestre para fazer projeções para 2015.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade