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Construção civil deve perder força em 2013, preveem empresas

28 nov 2012 - 15h29
(atualizado às 17h16)
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A construção civil tende a perder força neste e no próximo ano, segundo projeções divulgadas nesta quarta-feira pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Sergio Watanabe. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor, prevê a entidade, deve crescer 4% em 2012 e entre 3,5% e 4% em 2013 ¿ uma desaceleração frente a 2011 (4,8%).

A previsão da entidade é que ainda este ano a construção cresça também 4%, mas em um ritmo menor que 2011, que fechou em 4,8%
A previsão da entidade é que ainda este ano a construção cresça também 4%, mas em um ritmo menor que 2011, que fechou em 4,8%
Foto: Shutterstock

Se as estimativas se confirmarem, a expansão do setor neste ano deve ficar acima da variação do PIB brasileiro (1,6% em 2012, prevê o SindusCon-SP). No ano que vem, o ritmo dos dois indicadores deve ser semelhante.

O SindusCon-SP e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que também elaborou os estudos, a previsão inicial era de que a construção civil tivesse desempenho bem melhor que o da economia brasileira como um todo, com base no ritmo de obras tanto do programa Minha Casa, Minha Vida quanto de infraestrutura.

Algumas dificuldades, porém, frustraram a expectativa, como: queda dos investimentos do setor público em infraestrutura; baixo ritmo de contratação de moradias para a faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida (para uma meta de 1,2 milhão de moradias nessa faixa, apenas 340 mil haviam sido contratadas até 31 de outubro); paralisação durante alguns meses dos serviços rodoviários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e demora na concessão de licenciamentos imobiliários

Empregos

Mesmo com esse cenário, as construtoras continuaram contratando, o que sustenta as projeções de crescimento do setor acima do PIB nacional. O emprego formal no setor deve ter alta de 5,9% em comparação a 2013, segundo o SindusCon.

Em outubro, esse segmento da economia empregava 3,4 milhões de trabalhadores. O Estado de São Paulo tinha, naquele mês, 859 mil trabalhadores com carteira, alta acumulada de 4,6%.

Em material divulgado à imprensa, Zaidan afirma que a produtividade dos trabalhadores da construção tem aumentado graças ao esforço do setor e ao investimento das construtoras em treinamento, requalificação e reciclagem.

No segmento imobiliário, a queda do emprego em outubro, em relação ao mês anterior, foi de 0,39%, enquanto no setor de infraestrutura esta taxa caiu 0,67%. No mesmo material à imprensa, Ana Maria Castelo, economista da FGV, aponta que é preocupante a forte desaceleração nas contratações dos segmentos típicos do início de novos empreendimentos, como os de engenharia e arquitetura e de preparação de terrenos.

Índice que mede otimismo das empresas aponta alta

De acordo com a 53ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil, realizada em novembro pelo SindusCon-SP e pela FGV, as perspectivas de crescimento para a economia para 177 empresários da construção melhoraram, com alta de 11,5% no mês de novembro, em relação à pesquisa anterior.

No entanto, esse indicador atingiu apenas 43 pontos, o que significa uma perspectiva ainda não otimista. Em comparação a novembro de 2011, o indicador ainda acumula queda de 11,1%.

Mão de obra continuará sendo gargalo

Todos os anos, a FGV inclui seis questões na Sondagem de novembro sobre assuntos que poderão impactar nas perspectivas de 2013, entre eles a intenção de lançamentos para baixa renda, crédito imobiliário e investimento em novas tecnologias. O otimismo dos empresários diminui quando o assunto é contratação de mão de obra.

No caso do crédito imobiliário, as projeções começam a melhorar após a retração informada em 2011. Já o investimento em máquinas e equipamentos manteve a tendência de declínio, acompanhado da redução na dificuldade de aquisição de materiais.

Fonte: PrimaPagina
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