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Comissão do Senado aprova Tombini para presidir BC

7 dez 2010 - 13h12
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Após sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na manhã desta terça-feira, o nome de Alexandre Tombini foi aprovado, por 22 votos a favor e apenas um contra, para a presidência do Banco Central no governo Dilma Rousseff. O nome de Tombini ainda precisa ser aprovado em plenário e será submetido a votação ainda na tarde desta terça.Durante a sabatina, Tombini respondeu perguntas dos senadores sobre a regulamentação das taxas cobradas pelos bancos nas operações com cartões de crédito, taxas de juros do mercado livre e outros assuntos. Tombini falou também que o principal objetivo do BC nos próximos dois anos será manter a inflação no centro da meta, que é de 4,5% ao ano."Taxas elevadas de inflação têm efeitos nocivos sobre a economia e perversos sobre a renda da população, em particular sobre os segmentos de renda mais baixa. Por isso, a missão principal da política monetária é manter a inflação em nível baixo e estável", disse. Tombini disse, ainda, que Dilma Rousseff garantiu autonomia ao Banco Central para perseguir a meta de inflação.O indicado para presidir o BC também elogiou a condução da política macroeconômica e afirmou que um dos maiores desafios para a próxima gestão da autoridade monetária será aumentar a oferta de crédito. "Não só para financiamento do consumo, mas para financiamento habitacional e do investimento produtivo. Não hesitarei em adotar medidas que garantam o crescimento do crédito de forma sustentável", declarou.Tombini afirmou que a inclusão financeira faz parte das prioridades da autoridade monetária e enumerou algumas medidas adotadas pelo BC nos últimos anos para alcançar esse objetivo. Um deles é o modelo de correspondente bancário, que permite o pagamento de contas em agências dos Correios, casas lotéricas e até em supermercados. "Inúmeras medidas já foram adotadas, como a regulamentação das tarifas bancárias em 2007 e das tarifas de cartão de crédito, adotadas há duas semanas", disse.O sucessor de Henrique Meirelles no Banco Central elogiou o chamado tripé macroeconômico adotado pelo governo para conduzir a política econômica do País - câmbio flutuante, controle da inflação e responsabilidade fiscal. Tombini afirmou que vai apoiar a manutenção desta política nos próximos governos."Essa política foi rigorosamente testada da crise financeira de 2008. Foi ela que propiciou que o Brasil foi um dos últimos países a sentir seus efeitos e um dos primeiros a recuperar a trajetória de crescimento econômico. O regime de câmbio flutuante tem cumprido bem o seu papel de absorver choques externos", afirmou.

Fonte: Invertia Invertia
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