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Combate a ligações clandestinas de energia se intensifica

12 nov 2012 - 07h46
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Uma das grandes fontes de preocupação das concessionárias de energia, que causam não apenas perdas financeiras, mas riscos à população, são as ligações clandestinas conhecidas como "gatos" - e que estão sendo cada vez mais combatidas. Uma das companhias que está à frente deste processo é a Light. A empresa conseguiu eliminar 88% das fraudes existentes em comunidades pacificadas no Rio de Janeiro, como Santa Marta, Babilônia, Batan, Chapéu Mangueira, Cidade de Deus e Formiga.

Para combater os furtos, as concessionárias estão modernizando a rede elétrica com a troca dos postes, fiação e transformadores, além de intensificar a implantação de novas tecnologias como a medição eletrônica
Para combater os furtos, as concessionárias estão modernizando a rede elétrica com a troca dos postes, fiação e transformadores, além de intensificar a implantação de novas tecnologias como a medição eletrônica
Foto: Divulgação


A empresa destaca que as ligações clandestinas não são exclusividade dos locais de baixa renda, mas também ocorre em grandes condomínios, onde vivem moradores com maior poder aquisitivo. Segundo cálculos da companhia, o consumidor de toda a área de concessão que compreende 31 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo a capital - pagaria 17% a menos na conta de energia se não existissem as ligações clandestinas.



Em 2011, a Light teve uma perda de 5.200 GWh, energia equivalente à produção anual da Usina de Angra 1 ou, em um outro exemplo, o suprimento de um ano para o Espírito Santo. No mesmo período, as perdas não-técnicas, ou ligações clandestinas, representaram 15% da energia distribuída pela companhia.



Uma das formas de combater o furto e reduzir os impactos da clandestinidade é a atuação em comunidades, por meio da modernização da rede elétrica com a troca ou colocação de postes, substituição da fiação existente ou instalações de cabos compactos e blindados, troca de transformadores e normalização de clientes. Em paralelo, ocorrem ações de eficiência energética, com palestras e atividades que promovem o consumo eficiente e troca de lâmpadas e geladeiras por outras, mais econômicas, fazendo com que a conta de energia caiba no bolso do cliente.



Outra ferramenta importante é a intensificação da implantação de novas tecnologias, como a medição eletrônica e a rede blindada.Também são realizadas inspeções de campo e blitzes localizadas, com o apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).



No final de outubro, em serviço rotineiro de inspeção, técnicos da companhia detectaram fraude no medidor de energia do Clube Monte Líbano, na Avenida Borges de Medeiros, no Leblon. No momento da verificação, o aparelho de medição registrava consumo 80% menor do que o real. A Light acionou a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), que encaminhou o gerente do estabelecimento para prestar esclarecimentos na delegacia. "Recentemente, em ações desse tipo, foram identificadas irregularidades em uma escola, um supermercado, um salão de festas, uma gráfica, uma lanchonete, uma academia de ginástica e uma mercearia em Bangu", informou a empresa. Em Copacabana, na Zona Sul do Rio, foram identificadas fraudes nos hotéis Merlin e Astória.



A Light implantou ainda um projeto batizado de Light Legal, com a colocação de equipes em locais fixos, com dedicação exclusiva, para realizar todas as tarefas relacionadas à prestação do serviço de energia elétrica. Os técnicos da Light Legal trabalham com o uniforme e boné da companhia e realizam serviços como avaliação de toda a rede elétrica, dicas de economia de energia e segurança, verificação de medidores, normalização de ligações elétricas, atualização cadastral e eliminação dos "gatos".



A tentativa de criar ligações irregulares na rede elétrica é altamente perigosa. Na tentativa de manipular o transformador, há risco de morte por descarga elétrica ou explosão do equipamento. O furto de energia também impacta a qualidade do fornecimento de energia, e é considerado crime com pena de um a quatro anos. Estima-se que os "gatos" causarão prejuízos de R$ 8 bilhões ao sistema elétrico brasileiro em 2012.



Economídia
Especial para o Terra
Fonte: Terra
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