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Com rali no final, Ibovespa sobe 4,38% e fecha o mês no azul

O Ibovespa fechou com alta de 4,38%, a 54.628 pontos; o volume financeiro somou R$ 8,37 bilhões

31 out 2014 - 18h43
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<p>Poss&iacute;vel acordo entre Vivo e Oi para oferta de compra da TIM puxou a alta da Bovespa nesta sexta-feira</p>
Possível acordo entre Vivo e Oi para oferta de compra da TIM puxou a alta da Bovespa nesta sexta-feira
Foto: Nacho Doce / Reuters

A Bovespa teve um rali na última hora, acelerando ganhos já fortes do pregão desta sexta-feira, o que levou seu principal índice a reverter perdas acumuladas da semana e do mês, sob influência do mercado externo e do noticiário corporativo doméstico positivo.

O Ibovespa fechou com alta de 4,38%, a 54.628 pontos. O volume financeiro somou R$ 8,37 bilhões.

A reunião do Conselho de Administração da Petrobras esteve no radar, em meio a especulações sobre um aguardado reajuste nos preços dos combustíveis, assim como dados fiscais negativos do setor público.

Do exterior, a surpreendente decisão do Banco do Japão de ampliar as compras de títulos públicos repercutiu positivamente nas praças financeiras globais.

Teles forçam subida

Na Bovespa, o setor de telecomunicações foi um dos destaques na pauta corporativa, após o jornal Folha de S.Paulo publicar que Claro, Vivo e Oi fecharam acordo para oferta de compra da TIM. Oi e TIM foram as líderes de alta do índice. Vivo também subiu forte.

Duas fontes confirmaram à Reuters o acordo entre as operadoras. No país, a Telefônica Brasil, que utiliza a marca Vivo, esperou o fim do pregão para dizer ao mercado que desconhece o assunto e que não está envolvida em discussões para uma oferta pela TIM. Horas antes, a TIM informou o mesmo.

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Especulações das eleições e da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff deram o tom de volatilidade ao pregão
Foto: Eco Desenvolvimento

Balanços de empresas como PDG Realty, Suzano e BRF, ajudaram a impulsionar as ações.

Na ponta negativa, as units do Santander Brasil despencaram após a oferta pública voluntária de permuta de units por recibos de ações do Banco Santander, na véspera, com a previsão de que as units que não foram trocadas tendem a perder liquidez e oscilar ao sabor dos fundamentos.

Na visão do operador Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management, a Bovespa refletiu o ambiente externo favorável, incluindo dados mais fortes sobre o crescimento dos Estados Unidos na véspera.

Ele também citou influência nos negócios de especulações sobre a nova equipe econômica, com nomes conhecidos e bem avaliados no mercado circulando entre os possíveis substitutos de Guido Mantega na Fazenda, embora se mostre cético sobre mudanças radicais na condução da economia pelo governo.

Mês tenso

O mês de outubro fechou com o Ibovespa longe da máxima verificada do mês, de 58.015 pontos no dia 14, mas tampouco nos níveis estimados pela parcela mais pessimista do mercado no caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff, no último domingo.

O índice encerrou o mês com uma alta de 0,95%. No ano, a alta acumulada passou a 6,06%.

Os últimos trinta dias foram marcados por forte volatilidade, com pesquisas eleitorais e o resultado do 1º turno das eleições ditando o rumo dos negócios e afetando ações com forte peso no índice, com destaque para os papeis da Petrobras.

As ações da petroleira estatal, que se tornaram um proxy do sentimento de agentes financeiro sobre o noticiário político, chegaram a contabilizar uma valorização ao redor de 20% no melhor momento do mês, mas reverteram a tendência encerrando com perdas de cerca de 15% no mês.

O front externo corroborou com a volatilidade doméstica, quando preocupações sobre o crescimento global combinadas com percepção de que os bancos centrais podem não atuar de forma tão agressiva elevaram a aversão a risco mundial.

O saldo de capital externo da Bovespa refletiu tal movimento, com saídas líquidas em sete pregões seguidos a partir do dia 3 somando R$ 3,5 bilhões, enquanto as posições no mercado futuro também foram reduzidas.

Especulações da política

Com o fim do processo eleitoral, as especulações na bolsa passaram a ser sobre o rumo da política econômica e os primeiros sinais repercutiram positivamente. A divulgação na mídia de nomes bem avaliados no mercado como possíveis substitutos de Mantega na Fazenda agradou, mas o ponto alto foi a elevação surpresa da Selic pelo Banco Central nesta semana, enquanto os dados fiscais continuaram desapontando.

Tantos altos e baixos refletiram em fortes volumes negociados diariamente, com os dados da Bovespa mostrando a forte média de quase R$ 11 bilhões até o dia 30.

O pregão do dia 15 teve o maior giro de 2014 ao totalizar R$ 24,3 bilhões. O vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e as operações ligadas ao vencimento do índice futuro ajudaram a inflar a cifra.

Também em outubro o Ibovespa registrou a maior variação positiva diária do ano, de 4,78%, no dia 14.

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