Com prisão de André Esteves, BTG Pactual despenca na bolsa
Os papéis do BTG Pactual registram forte queda no início do pregão desta quarta-feira (25), após a prisão do CEO e dono do banco de investimentos, André Esteves.
Às 10h17, as units do BTG Pactual (BBTG11) recuavam 18,35%, negociadas a R$ 25,25. As units não são negociadas no principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo. No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,61%, a 47.504 pontos.
O banqueiro foi preso pela Polícia Federal nesta manhã, segundo informações da coluna Radar on-line, da revista Veja. A Globo News noticia que André Esteves foi preso no Rio de Janeiro.
A Polícia Federal confirmou a O Financista que o executivo foi procurado em sua residência em São Paulo, mas não foi encontrado. Em Brasília, a PF confirmou que foram deflagradas 4 operações nesta quarta-feira. Procurada pelo O Financista, a assessoria do BTG Pactual confirmou a prisão de Esteves e esclareceu que o banco “está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações.”
Odebrecht
Em junho, Marcelo Odebrecht, preso por envolvimento nos escândalos de corrupção da Petrobras, escreveu um bilhete da prisão aos advogados, no qual citou o banqueiro. No bilhete, o empreiteiro falava em “destruir email sondas”.
Vale lembrar que Esteves é o maior acionista da empresa Sete Brasil, contratada pela Petrobras para fomentar a indústria naval, com encomendas de sondas para o pré-sal no Brasil.
O empreiteiro acrescentou o trecho "história de iniciativa André Esteves", fazendo referência ao executivo do BTG. "Lembrar que naquela época Sete não Petrobras. Off balance", afirmou Odebrecht.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, Esteves teria ligado para o empreiteiro para tentar entender o que fazia o seu nome no bilhete. Ouviu que Marcelo Odebrecht estava instruindo os seus advogados a pedir para Esteves escrever uma nota técnica explicando como foi estruturada a Sete Brasil.