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Com baixa no exterior, Petrobras garante alta da Bovespa

Discussão sobre empréstimo para a Grécia continuam sem acordo

24 jun 2015 - 18h38
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Foto: Eco Desenvolvimento

O principal índice da Bovespa fechou perto da estabilidade e com giro reduzido nesta quarta-feira (24), com a influência de Petrobras limitada pelo cenário externo adverso, após voltar a rondar no mercado a chance de um fracasso nas conversas entre a Grécia e credores.

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O noticiário corporativo doméstico frustrou outra tentativa do Ibovespa de fechar acima de 54 mil pontos. Cemig chegou a despencar quase 10% na mínima do dia após o Superior Tribunal de Justiça negar pleito da empresa para renovar concessão da hidrelétrica Jaguara.

O Ibovespa teve acréscimo de apenas 0,13%, a 53.842 pontos. Na máxima, chegou a 54.236 pontos. O giro financeiro somou R$5,5 bilhões, abaixo da média do ano, de quase R$7 bilhões.

Ministros de Finanças da zona do euro terminaram em Bruxelas, sem acordo, as discussões sobre empréstimo em troca de reformas para a Grécia e devem retomar as conversas na quinta-feira (25).

Análise da gestora de recursos Icatu Vanguarda considera disposição política para acerto, e que este tipo de negociação faz parte do processo. "De qualquer maneira, estamos diante, mais uma vez, do aumento da probabilidade de um erro de percurso", disse em nota a clientes.

Ações da Petrobras 'derretem' na Bolsa :

Destaques

PETROBRAS avançou quase 2%, com notícias sobre aguardado corte no plano de investimentos de 5 anos da estatal. Após a Agência Estado divulgar na véspera que o plano de negócios iria trazer um corte de 25%, derrubando o papel, novas informações nesta quarta-feira (24) falavam de uma redução de até 40%. A Petrobras não comentou e diz apenas que o Plano de Negócios e Gestão 2015-19 ainda está em elaboração. O Conselho de Administração da empresa deve discutir o tema na próxima sexta-feira (26), segundo fontes com conhecimento do assunto.

KROTON subiu 3,64% com expectativas de venda da Uniasselvi, após reportagem do jornal Valor Econômico afirmar que a companhia analisa propostas do fundo Carlyle e do Grupo Cruzeiro do Sul para a sua operação de ensino a distância.

TIM PARTICIPAÇÕES avançou 2,96%, acelerando no fim da tarde, após a Vivendi confirmar que elevou a fatia na Telecom Italia a 14,9%, tomando da Telefónica a posto de maior acionista no grupo italiano. Na visão da equipe da corretora Brasil Plural, a notícia corrobora especulações, após rumores de que o presidente do Conselho da Vivendi apoiava que a empresa italiana explorasse uma venda da unidade brasileira e se focar no mercado doméstico.

CEMIG desabou 8,09%, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidir que o grupo mineiro não tem direito a renovar o contrato da hidrelétrica de Jaguara por mais 20 anos. Analistas ouvidos pela Reuters disseram que a decisão não chega a ser uma surpresa, mas é natural que as ações da companhia caiam com a confirmação da decisão.

LOJAS AMERICANAS caiu 2,02%, em meio a movimentos de realização de lucros e com o anúncio da varejista de aquisição pela 8M Participações, controlada da empresa de comércio eletrônico B2W, da companhia de tecnologia Sieve Group.

VALE perdeu fôlego ao longo do pregão e fechou praticamente estável, mesmo após o preço do minério de ferro para entrega imediata no porto chinês de Tianjin subir cerca de 2%, a U$61,70 a tonelada. A mineradora informou que espera levantar U$1,5 bilhão com venda de participação em ativo operacional no Brasil e que trabalha para reduzir o investimento projetado para este ano, de U$9 bilhões, para algo entre 8 bilhões e 9 bilhões.

BTG PACTUAL, que não faz parte do Ibovespa, caiu 3,68%, com operadores atrelando a piora das units na segunda etapa do dia ao fato de o nome do presidente-executivo do grupo, André Esteves ter aparecido em bilhete que o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, escreveu a seus advogados.

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