Colômbia diz que fará o possível para ratificar Unasul
O Governo colombiano anunciou hoje que fará o possível para que o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) seja ratificado no Congresso e na Corte Constitucional.
A ministra de Relações Exteriores colombiana, María Ángela Holguín, afirmou hoje após uma reunião com o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, no Palácio de San Carlos, sede da Chancelaria, que o Governo da Colômbia está convencido "do tratado da Unasul" e "da integração com a América do Sul".
"Faremos tudo que esteja a nosso alcance para que o tratado seja ratificado o mais breve possível pelo Congresso, que passe rapidamente pela Corte Constitucional e para que possamos ver que a Colômbia está formalmente fazendo parte deste importante fórum", disse.
A ministra acrescentou que o Governo buscará o apoio dos congressistas para que "colaborem nesta importante ratificação".
Holguín ressaltou o bom momento nas relações com o Equador e anunciou que visitará Quito no mês que vem.
"Para nós, cada reunião com nossos amigos equatorianos é um motivo de satisfação. Temos um excelente diálogo, uma excelente relação", acrescentou.
Por sua vez, Patiño lamentou a morte de 30 policiais colombianos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em sua chegada a Bogotá e enviou uma mensagem de solidariedade às famílias dos policiais mortos.
O ministro equatoriano chegou à Colômbia para garantir a ratificação do Tratado Constitutivo da Unasul, cuja Presidência é liderada este ano pelo governante equatoriano Rafael Correa.
O Tratado Constitutivo da Unasul foi assinado em Brasília, em 23 de maio de 2008.
Até o momento, aderiram a esse tratado Argentina, Chile, Peru, Equador, Bolívia, Guiana e Venezuela. Para que entre em vigor, é necessário a anexação de nove dos 12 países-membros.
A Unasul é integrada por Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Colômbia e Equador mantêm há meses um processo de diálogo para restabelecer suas relações diplomáticas, rompidas desde março de 2008, após um bombardeio militar colombiano a um acampamento das Farc em território equatoriano.
A reunião de hoje é a terceira entre Holguín e Patiño desde que Juan Manuel Santos assumiu a Presidência da Colômbia, no dia 7 de agosto. EFE