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CNI indica retração maior do PIB em 2015

Relatório divulgado indica retração de 1,6% do PIB, menor que o 1,2% previsto inicialmente

9 jul 2015 - 15h18
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Com a queda da atividade industrial e o aumento da inflação a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu as estimativas de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no País) e da atividade industrial para 2015. A previsão, segundo o relatório trimestral Informe Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (9), é que o PIB fechará o ano com uma retração de 1,6% e que o PIB industrial recue 3,8%. No relatório divulgado em abril, a projeção para o ano era de retração de 1,2% no PIB e de 3,4% PIB industrial.

Estimativa é que o PIB industrial recue 3,8%
Estimativa é que o PIB industrial recue 3,8%
Foto: Kzenon / shutterstock

As previsões para 2015 indicam que a inflação ficará em 9,1%, estimativa acima do limite máximo da meta de 6,5% fixado pelo governo. “Esse dado está indicando claramente que este ano a meta não vai ser cumprida sequer no seu teto”, avalia o gerente-executivo de Políticas Econômicas da CNI, Flávio Castelo Branco. O relatório prevê que o consumo das famílias diminuirá 1,2% e taxa média de desemprego será de 6,7%. A estimativa é que os investimentos caiam 7,7%.

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A queda de 3,8% do PIB da indústria em 2015 se deve às quedas de atividades como a da indústria de transformação (-6,4%) e da construção (-5,2%). De acordo com o relatório, a queda da indústria somada ao menor poder de consumo das famílias deve levar o setor de serviços a uma redução de 1% este ano.

A avaliação da CNI é que a recuperação da economia só deverá ocorrer em 2016. “Houve aprofundamento do quadro negativo, a deterioração da economia nos quatro primeiros meses foi mais intensa do que esperávamos no início do ano. A visão mais otimista de que essa recuperação possa começar na segunda metade do ano fica mais distante e deve ocorrer a partir de 2016”, disse Flávio Castelo Branco.

No Informe Conjuntural a CNI avalia que as janelas de saída podem ser as exportações e o investimento em infraestrutura. “Todavia, ambos têm impacto limitado no curto prazo e dependem de coordenação adequada de políticas para se materializarem”, registra o texto.

Agência Brasil Agência Brasil
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