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Cia Hering diz que incertezas pressionarão vendas em 2016; lucro cai 30% no 1º tri

28 abr 2016 - 18h39
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As incertezas sobre o cenário de vendas continuarão a ter impacto sobre os resultados da Cia Hering em 2016, disse a varejista nesta quinta-feira, depois que seu lucro líquido caiu quase 30 por cento no primeiro trimestre sobre um ano antes.

A companhia teve lucro líquido de 29,3 milhões de reais, queda anual de 29,5 por cento. O resultado foi pressionado por fatores como redução de vendas e recuo de 25,9 por cento na receita financeira, que foi de 9,1 milhões de reais ao final de março.

A receita líquida da Cia Hering caiu 9,4 por cento, a 314,3 milhões de reais.

"Por mais um trimestre os efeitos do declínio do cenário macroeconômico exerceram influência negativa no desempenho de franquias e multimarcas", disse a empresa em seu relatório de resultados, acrescentando que o desempenho das marcas continua afetado pela retração do consumo e da renda.

Segundo a Cia Hering, "a desaceleração da economia se intensificou no início do ano" e isso aumenta as incertezas em relação às vendas em 2016.

Entre as estratégias adotadas pela empresa para tentar reverter este cenário estão a redução de sobras de estoques e "austero controle de custos e despesas", além da reforma de lojas.

O plano de reformas já conta com mais de 80 Hering Store confirmadas para o ano e pode chegar a até 100 pontos de venda em 2016. A maioria das lojas já confirmadas será finalizada ao longo do segundo semestre.

"A fim de incentivar a rápida adoção pela rede de franqueados, a companhia subsidiará parte da reforma, que poderá totalizar despesa de aproximadamente 10 milhões de reais em 2016 caso todas as 100 lojas previstas sejam executadas", afirmou.

Além disso, a marca Hering for you deixará de operar lojas exclusivas nos próximos meses, e permanecerá nos demais canais, como Hering Stores e multimarcas.

A Cia Hering também disse que o novo modelo de abastecimento de lojas iniciado no ano passado segue em implementação, com objetivo de aumentar a adesão da rede de franqueados ao longo do ano. Este modelo compreende a redistribuição de volume de compra entre as diversas coleções e a redução do excesso de variedade nas lojas.

Os investimentos da Cia Hering no trimestre totalizaram 5,8 milhões de reais, queda anual de 58 por cento. Isso ocorreu devido à redução do montante destinado às instalações fabris após ciclo de investimentos mais alto em 2015, com inauguração de fábrica e expansão e modernização de centro de distribuição em Goiás.

A empresa também mencionou menor necessidade de investimentos em tecnologia, após o término da implementação da extensão do sistema de gestão SAP.

"Esperamos melhor desempenho de vendas para as próximas coleções e melhora na geração de caixa livre em 2016 a partir de menor necessidade de capital de giro e redução nos investimentos", acrescentou a companhia.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Cia Hering caiu 22,6 por cento no primeiro trimestre sobre um ano antes, a 36,5 milhões de reais.

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