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Chineses compram 72% do Bicbanco por R$ 1,62 bilhão

Bicbanco anunciou acordo para venda de 72% de seu capital para o China Construction Bank

31 out 2013 - 18h40
(atualizado às 20h18)
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O Bicbanco, instituição financeira voltada ao segmento de pequenas e médias empresas, anunciou nesta quinta-feira a venda de seu controle para o China Construction Bank (CCB) por R$ 1,62 bilhão. O CBB, segundo maior banco comercial da China, comprará o equivalente a 72% do capital total do Bicbbanco das mãos da família Bezerra de Menezes, ao preço de R$ 8,9017 por papel preferencial ou ordinário, de acordo com fato relevante da instituição brasileira.

"A operação irá demarcar, para o CCB, o início das suas operações diretas no Brasil. Prevê-se que (o Bicbanco) continue a operar como banco comercial, com foco no segmento de mercado de médio porte", segundo o documento. O preço a ser pago aos controladores - que pode sofrer ajuste - representa um prêmio de 18,7% sobre o valor de fechamento das ações preferenciais do BicBanco na bolsa paulista nesta quinta.

Os papéis dessa classe fecharam o dia valendo R$ 7,50, com valorização de 1,35% na sessão. Na véspera, os rumores sobre a venda do Bicbanco para a instituição chinesa fizeram as ações do BicBanco chegarem a subir mais de 5%.

O CCB enviará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em até 30 dias contados a partir da data de fechamento, um pedido de Oferta Pública de Aquisição (OPA) para os papéis do Bicbanco detidos por minoritários. O fato relevante não traz informações sobre o valor por ação que será oferecido na OPA, que pode resultar no fechamento do capital do banco brasileiro.

Segundo as regras do Nível 1 de governança corporativa, segmento em que o Bicbanco é listado, os detentores de ações ordinárias têm direito de 80% de tag along, porcentagem do valor pago pelos papéis que compõem o bloco de controle. Em 30 de setembro, 1,75% das ações ordinárias do Bicbanco estavam em circulação no mercado, segundo informações disponíveis no site de relações com investidores da companhia.

A operação prevê a reorganização societária do banco e suas acionistas diretas Gemini Holding, BIC Corretora de Câmbio e Valores, e Primus Holding, sendo que esta última detém 100% do capital da BIC Corretora. As ações do banco que pertencem à corretora serão transferidas para a Gemini, e as ações de emissão da BIC Corretora serão transferidas para pessoas físicas que fazem parte do grupo de controle da companhia.

Com isso, a BIC Corretora não será adquirida pelo CCB. O plano prevê ainda o encerramento da Gemini e da Primus, que serão consolidadas na companhia. A transferência do controle do Bicbanco ao CCB ainda depende de aprovação do Banco Central, de decreto presidencial, das autoridades regulatórias chinesas e de autoridades bancárias das ilhas Cayman, informou o Bicbanco.

O Bicbanco encerrou junho, dado mais recente disponível, com operações de crédito acrescidas por avais e fianças totalizando R$ 13,6 bilhões, queda de 4,4% ante março e leve alta de 1,4% em 12 meses. O lucro líquido contábil do Bicbanco no segundo trimestre foi de R$ 14,6 milhões, ante R$ 96,5 milhões um ano antes.

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