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Casino considera fechar capital da Cnova, diz fonte

29 abr 2016 - 11h55
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A varejista francesa Casino está considerando fechar o capital da Cnova como a melhor opção antes de uma planejada absorção da unidade de comércio eletrônico, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto à Reuters nesta sexta-feira.

Sob o plano, o Casino compraria a participação de acionistas minoritários na Cnova, que seria, na sequência, dividida em três unidades separadas localizadas em França, Brasil e Colômbia, disse a fonte, que pediu para ficar anônima porque a estrutura da transação está sendo discutida.

A unidade francesa da Cnova CDiscount seria absorvida pelo negócio francês do Casino, enquanto a Nova.com, como a seção brasileira da Cnova é conhecida, seria fundida com a Via Varejo, rede de lojas de eletrodomésticos e móveis.

O Casino listou a Cnova na Nasdaq em novembro de 2014. Na quinta-feira, a Cnova disse que uma fusão de sua unidade brasileira com a Via Varejo está sendo analisada.

Segundo a fonte, o Casino financiaria a operação com recursos da venda de 1,1 bilhão de dólares de uma cadeia de supermercados vietnamita para a TCC Holding, do bilionário tailandês Charoen Sirivadhanabhakdi.

Às 11;50, as ações da Cnova avançavam 3 por cento, a 3,50 dólares. Na máxima até esse horário, os papéis chegaram a subir 4,6 por cento.

O Casino, que no Brasil controla o Grupo Pão de Açúcar, já levantou neste ano quase 4,5 bilhões de dólares em vendas de ativos na Ásia para reduzir sua dívida.

Procurado, o Casino não comentou imediatamente.

Cerca de 6 por cento das 441 milhões de ações da Cnova são negociadas Nasdaq, tornando relativamente barato para o Casino deslistar a unidade, disse a fonte. Com base nos preços atuais, o valor de um fechamento de capital poderia ser de cerca de 100 milhões de dólares.

A Cnova tem valor de mercado de cerca de 1,46 bilhão de dólares, com entre 40 e 45 por cento atribuído ao negócio brasileiro, acrescentou a fonte.

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