Os lances para o leilão para a venda do material resultante do desmonte de 17 aeronaves de grande porte pertencentes à massa falida da Vasp começam a ser feitos na sexta-feira pela internet, de acordo com informações do Conselho nacional de Justiça (CNJ) .
De sexta-feira até o dia 30 deste mês os interessados poderão oferecer lances por meio eletrônico, no site da organizadora. O fechamento da venda de cada lote ocorrerá no dia 30, com um pregão presencial na Casa de Portugal, em São Paulo, a partir das 14 horas.
Os lances feitos pelo site concorrerão em igualdade de condições com as ofertas feitas presencialmente. O preço mínimo de cada lote foi fixado entre R$ 15 mil e R$ 60 mil. O valor varia de acordo com o peso do material contido em cada lote, diz o CNJ.
Serão leiloadas 448 toneladas de sucata provenientes do desmonte de 16 Boeings e um Airbus A 300 e o material está nos aeroportos de Guarulhos (quatro aeronaves) e Campinas ( uma aeronave), em São Paulo, Salvador, na Bahia (três aeronaves), Brasília ( três aeronaves), Recife, em Pernambuco, e Manaus, no Amazonas (duas aeronaves cada), Galeão, no Rio de Janeiro ( uma aeronave), e Confins, em Minas Gerais (uma aeronave).
Após a venda das 17 aeronaves, restará apenas uma aeronave pertencente à massa falida da Vasp, que está no aeroporto de São Luís, no Maranhão, aguardando avaliação judicial. O valor arrecadados será direcionados ao pagamento de credores da massa falida da companhia aérea.
Cinco aeronaves inoperantes há quase uma década estão estacionadas em um local conhecido como 'cemitério de aviões' do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
A área ocupada pelas aeronaves fica dentro da região aeroportuária e ocupa 15 mil metros quadrados
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Tanto uem chega de carro ao aeroporto como quem desce de algum voo consegue visualizar o conjunto de sucata enferrujada em que se transformaram os cargueiros e aviões
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Aviões estão parados, sujos e parcialmente desmontados em local de céu aberto
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
No local, a mercê de chuva, sol e vento estão dois DC-8 da Skymaster, um Boeing 737 da Vasp e um DC-8 da Montini Air
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
A administradora de Viracopos, a Concessionária Aeroportos Brasil, não pode vender os aviões ou descartá-los sem autorização judicial
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
A dívida pelo aluguel da área com o aeroporto de Viracopos está acumulada e gira em torno de R$ 6 milhões
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Os "sucatões" começaram a chegar em 2004
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Os aviões estão sem nenhuma condição de voo com vários componentes já avariados
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
As aeronaves se encontram com alguma pendência judicial
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Segundo administradores do aeroporto, aquela área não é movimenta, mas pode apresentar um risco
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Só depois da anuência da CNJ e da Receita Federal, as companhias ou seus representantes poderão desmontar, negociar e dar destinação as antigas aeronaves
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Assim que o local for desocupado poderá servir como estacionamento de aviões
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Em um futuro próximo, o local deverá aliviar o congestionamento de aeronaves
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
Sucatas congestionam o aeroporto de Viracopos, em Campinas, desde 2004