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SP: GM encerra produção do Corsa e marca reunião para dia 4

25 jul 2012 - 18h16
(atualizado às 21h17)
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A General Motors informou nesta quarta-feira que encerrou a produção do Corsa na planta de São José dos Campos. O anúncio foi feito no mesmo dia em que uma reunião foi realizada com intermédio do Ministério do Trabalho entre montadora e sindicato dos metalúrgicos da cidade. No encontro, não houve acordo sobre o futuro da fábrica da GM, que já havia cortado a produção local dos modelos Meriva e Zafira nos últimos dias. Sindicato e empresa disseram ter se comprometido a não tomar nenhuma iniciativa até o dia 4 de agosto, quando haverá outra reunião com intermédio do ministério.

A partir de agora, essa parte do complexo de São José dos Campos passa apenas a fabricar o Classic. No entanto, a outra planta deste complexo, diz a GM, continua fabricando o S10.

A montadora vem, gradualmente, transferindo a sua produção local para unidades localizadas em outras regiões do País. O sindicato diz que esse processo poderá causar a demissão de até 1,5 mil trabalhadores. Com a diminuição da produção, a empresa admite um excedente de mão de obra, mas não precisou quantos trabalhadores poderiam ser dispensados.

Em nota, o sindicato disse que Corsa, Zafira e Meriva somavam o mesmo volume de produção do Classic atualmente: 370 carros por dia. O sindicato propõe que os empregos sejam mantidos por meio da produção integral do Classic na planta local, da nacionalização do Sonic - que é importado da Coreia do Sul e da produção de caminhões.

Paralisação

A GM concedeu licença remunerada a 2.700 empregados do complexo industrial de São José dos Campos e decidiu suspender a produção na última terça-feira. O objetivo, segundo a marca, foi "proteger a integridade física dos colaboradores", enquanto continuam as discussões com os representantes sindicais em relação à viabilidade de uma das fábricas do complexo.

Em comunicado, a GM afirma que "considerou as fortes evidências de mobilizações internas no complexo e entendeu que o momento atual é delicado e prefere não expor seus empregados a eventuais incitações e provocações comuns".

Em resposta à paralisação, o sindicato dos metalúrgicos da região afirmou em comunicado que a atitude da montadora é antidemocrática e se caracteriza como locaute, ou paralisação patronal, o que é proibido pela legislação brasileira. Segundo o sindicato, a paralisação aconteceu no dia em que havia sido programado um ato unificado na empresa entre sindicatos e centrais sindicais.

Para entidade, a atitude da montadora aumenta a insegurança e deixa clara a intenção de realizar uma demissão em massa a qualquer momento e impedir a resistência dos metalúrgicos. O comunicado divulgado pelo sindicato diz que os funcionários do terceiro turno, que estavam dentro da fábrica, receberam ordens para que saíssem antes mesmo do término do expediente.

Com informações da Agência Brasil

Apenas o Classic será produzido na planta de São José dos Campos
Apenas o Classic será produzido na planta de São José dos Campos
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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