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SP: funcionários da GM voltam ao trabalho após paralisação

25 jul 2012 - 09h26
(atualizado às 09h53)
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Depois de conceder uma licença remunerada a 2,7 mil empregados do complexo industrial de São José dos Campos, no interior de São Paulo, e suspender a produção na última terça-feira, a General Motors (GM) retomou o funcionamento nesta quarta-feira. De acordo com a montadora, os trabalhadores cumprem o expediente normalmente.

Nesta quarta-feira, líderes da montadora americana se reunirão com representantes do Ministério do Trabalho e do Sindicato dos Metalúrgicos na sede da prefeitura de São José dos Campos, onde serão questionadas e negociadas a suposta demissão de 2 mil trabalhadoras do complexo MVA, onde são produzidos Classic, Corsa, Meriva e Zafira.

Os funcionários temem uma demissão em massa e querem sugerir à empresa que todas as unidades dos modelos Classic sejam produzidas na planta da cidade, a nacionalização do recém-lançado Sonic, importado da Coreia do Sul, e até a volta da produção da linha de caminhões na planta.

Paralisação

A GM concedeu licença remunerada a 2.700 empregados do complexo industrial de São José dos Campos e decidiu suspender a produção na terça-feira. O objetivo, segundo a marca, foi "proteger a integridade física dos colaboradores", enquanto continuam as discussões com os representantes sindicais em relação à viabilidade de uma das fábricas do complexo.

De acordo com a montadora, na reunião desta quarta-feira será negociada a situação de 1.500 trabalhadores da linha de produção, que corre o risco de ser desativada. Em comunicado, a GM afirma que "considerou as fortes evidências de mobilizações internas no complexo e entendeu que o momento atual é delicado e prefere não expor seus empregados a eventuais incitações e provocações comuns".

Em uma carta destinada aos empregados da fábrica, a empresa disse que os funcionários "não precisam comparecer ao trabalho". O comunicado interno fala ainda que para "preservar também os terceirizados, seus acessos à fábrica não serão permitidos", e que a orientação é que os funcionários "permaneçam tranquilamente em casa com seus familiares e aguardem novas instruções".

Em resposta à paralisação, o sindicato dos metalúrgicos da região afirmou em comunicado que a atitude da montadora é antidemocrática e se caracteriza como locaute, ou paralisação patronal, o que é proibido pela legislação brasileira. Segundo o sindicato, a paralisação acontece no dia em que havia sido programado um ato unificado na empresa entre sindicatos e centrais sindicais.

Para entidade, a atitude da montadora aumenta a insegurança e deixa clara a intenção de realizar uma demissão em massa a qualquer momento e impedir a resistência dos metalúrgicos. O comunicado divulgado pelo sindicato diz que os funcionários do terceiro turno, que estavam dentro da fábrica, receberam ordens para que saíssem antes mesmo do término do expediente.

GM suspendeu a produção em São José dos Campos na terça-feira
GM suspendeu a produção em São José dos Campos na terça-feira
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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