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Produção e vendas de veículos têm pior julho desde 2007

Baixa foi registrada na comparação com o mesmo período em 2013

6 ago 2014 - 12h09
(atualizado às 12h25)
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<p>Carros novos são transportados em São Bernardo do Campo (SP)</p>
Carros novos são transportados em São Bernardo do Campo (SP)
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A indústria de veículos do Brasil teve em julho seu pior resultado de produção e vendas para o mês desde 2007, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela associação que representa o setor, Anfavea.

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A produção das montadoras no mês passado somou 252,6 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 20,5% sobre julho de 2013. Ante o mês anterior, houve alta de 17%. No acumulado do ano, a indústria produziu 17,4% a menos, ou 1,82 milhão de unidades.

A queda tem sido causada por fraquezas no mercado interno, atingido por reticência dos bancos na concessão dos crédito, e das exportações, que em julho caíram 36,7% sobre um ano antes, para 34,2 mil veículos, segundo a entidade.

O cenário tem feito uma série de montadoras a ajustar produção por meio de concessão de férias, suspensão de contratos de trabalho e redução de jornadas em fábricas e obrigou o governo federal a adiar para o fim do ano aumento de carga tributária que deveria ter ocorrido no final de junho.

Segundo a Anfavea, o nível de emprego nas montadoras fechou julho em 150.295 postos ocupados, queda de 4,2% sobre um ano antes. Por segmento, a produção de carros e comerciais leves caiu 19,9% em julho em relação ao mesmo período do ano passado. Já o volume produzido de caminhões recuou 30,5%, enquanto ônibus tiveram queda de 22,9%.

As vendas de veículos novos no mercado interno no mês passado subiram 11,8% na comparação com junho, diante de um período maior de comercialização, mas tombaram 13,9% sobre julho de 2013, para 294,8 mil unidades, segundo a Anfavea. No acumulado do ano, o setor acumula vendas de 1,96 milhão de veículos, queda anual de 8,6%.

Em julho, a Anfavea reduziu suas projeções de desempenho da indústria este ano, prevendo queda de 10% na produção e recuo de 5,4% nas vendas no mercado interno. A projeção para as exportações é de queda de 29%. Na ocasião, os estoques de veículos novos à espera de comprador eram de cerca de 400 mil unidades, suficiente para mais de 40 dias de vendas.

Com produção caindo mais do que as vendas, o estoque de veículos nas fábricas e nas concessionárias caiu de 395,5 mil para 382,6 mil unidades de junho para julho.

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