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Pessimista, chinesa vê queda de 18% no mercado de veículos

Segundo presidente da JAC Motors, Sérgio Habib, deve demorar pelo menos sete anos para o setor recuperar o volume de vendas de 2012, com 3.6 milhões de unidades vendidas

14 abr 2015 - 12h59
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SUV T6 inclui sistema que reproduz todas as funções de smartphones na tela central do veículo
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Foto: Felipe Oliveira / Terra

A montadora chinesa JAC Motors se mostrou bastante pessimista com o volume de veículos vendidos no País em 2015, fazendo uma estimativa ainda menor que a Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave). Enquanto a federação estima queda de 10% no mercado para este ano, a fabricante espera uma queda de 18%.

“Talvez o mercado nem atinja 2,7 milhões de carros este ano. O mercado vai cair bastante e talvez fique com queda de até 18%, 20%”, afirmou Sérgio Habib, presidente da JAC Motors no Brasil, durante o lançamento do SUV T6 em Itu, no interior de São Paulo, nesta terça-feira.

De acordo com o Habib, a diminuição nas vendas não está ligada apenas a desaceleração econômica do País, mas também à confiança do consumidor. “O mercado de carros tem a ver com a confiança no futuro. Se eu acho que no ano que vem vou estar bem, eu financio e compro um carro. Mas se eu acho que em um ano não estarei tão bem financeiramente, não vou comprar um carro zero quilômetro porque é um investimento muito caro”, explicou.

Segundo a montadora, o mercado deve demorar pelo menos sete anos para recuperar os números de 2012, quando foram emplacadas mais de 3.6 milhões de unidades. “2016 provavelmente vai ser melhor que esse ano, mas não muito melhor.  Não vai ter um grande movimento para o crescimento do setor. Teremos o mesmo presidente, os mesmos ministros, o mesmo governo. O que pode acontecer em 2016 é o mercado crescer 3,4%, mas vai ser difícil”, estimou.

Habib afirmou que o atual movimento do mercado de veículos vai levar as montadoras a cortar despesas, lembrando que algumas empresas já anunciaram, inclusive, demissões. “O movimento será de cortar despesas, diminuir gastos. Algumas montadoras já estão fazendo isso com demissões. A tendência é também a diminuição de concessionárias e readequar a rede aos novos volumes.”

Sem crise externa

O presidente da JAC Motors no Brasil discordou da presidente Dilma Rousseff e afirmou que a economia global não enfrenta uma crise atualmente. “Hoje, contrariamente do que diz nossa presidente, não tem crise lá fora. Estados Unidos está crescendo, Europa está crescendo, China está crescendo e Índia está crescendo”, afirmou.

Habib ainda afirmou que entre os maiores mercados de veículo atualmente, o Brasil é um dos únicos que não dá lucro. “Se pegarmos um mapa e fizermos um gráfico, as montadoras perdem dinheiro apenas em dois países: Brasil e Rússia”, completou.

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Fonte: Terra
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