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Novo Renault Clio convence pelo lado racional; confira teste

17 nov 2012 - 09h57
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Karina Craveiro
Direto do Rio de Janeiro

A Renault deixou claro no lançamento da reestilização do Clio que planeja que o modelo volte a ter importância dentro de sua linha de veículos. É que desde o lançamento do Sandero, em 2007, o hatch foi "rebaixado" pela própria marca, e aos poucos deixou de ser o veículo de volume da fabricante. Quase depois de cinco anos, a fabricante francesa aposta nas vendas do compacto, que devem dobrar depois do "tapa no visual".

Apesar de ganhar novos capô, para-choque, faróis, lanternas, grade e acabamento interno, a proposta do "novo" Clio é apenas ser um modelo honesto, com boa relação custo/benefício - a mesma de 2008, quando era chamado de Clio Campus. Tanto que mesmo com visual personalizado - com faixas no capô, adesivo no teto e capas de retrovisores coloridas, tudo opcional - ele não chama a atenção pelas ruas. "Esse é o novo Clio? Mas não mudou nada, só está enfeitado, não é?", questiona o segurança que libera a saída dos veículos para o test-drive.

O problema é que, de fato, as mudanças do concorrente do Chevrolet Celta são mais internas que externas. Ao entrar no habitáculo do Clio, por exemplo, dá para notar de cara a melhoria no acabamento. Os tecidos dos bancos aparentam ser de melhor qualidade e o painel passou por um "banho de loja". No quadro de instrumentos, que ganhou computador de bordo, os grafismos são mais elaborados e visualmente mais bonitos - nada do visual cinza e sem graça do Clio antigo. O volante manteve o mesmo formato e cor, mas chega com uma logo cromada da Renault ao centro. Há ainda acabamento semelhante na manopla do câmbio e nas molduras do velocímetro e conta-giros.

A tal mudança interior é percebida também quando a partida é dada. O motor 1.0 l de 16V Hi-Power passou por um retrabalho e ganhou três cavalos a mais. Ficou com 80 cavalos de potência, contra 77 do "velho", e deixou o hatch bem mais "espertinho" - juntamente com o torque de 10,5 kgfm. Com três passageiros à bordo, o Clio se mostra ágil na cidade, e tem fôlego para sair da inércia quando o pedal do acelerador é pressionado. O baixo peso, de apenas 912 kg, deixa a condução fácil e prazeirosa. Mesmo sem freios ABS - que assim como airbags dianteiros não são oferecidos nem como opcionais -, o hatch dá conta de frear com segurança. Ele também se mostra bom de curva e consegue se sair bem até nas mais fechadas.

Em termos de equipamento, o novo Clio testado veio cheio de opcionais. É que "pelado", o modelo quatro portas tem apenas computador de bordo, conta-giros, alarme sonoro de advertência de luzes acesas, desembaçador de vidro traseiro, ar quente e limpador do vidro traseiro. Um kit com ar-condicionado e direção hidráulica sai por R$ 3.600. Para ter rádio com CD e entrada USB paga-se mais R$ 411. Vidros e travas elétricas acrescentam mais R$ 1.146 - que vêm de série no Ka, por exemplo.

Para personalizar o modelo com os todos os kits oferecidos pela marca, o interessado deve desembolsar cerca R$ 2.835. O acabamento diferenciado inclui faixas no capô, adesivo no teto, frisos laterais coloridos, retrovisores com capas, máscaras no painel central e no console. Mas é possível comprar os kits separadamente.

Por fim, mesmo sem motoristas entusiasmados virando o pescoço para conferir o visual reestilizado do Clio, ficou claro que o hatch pode convencer na compra pelo lado racional - embasada na garantia de três anos e no motor econômico avaliado pelo Inmetro - que promete 15,8 km/l na estrada com gasolina.

A jornalista viajou a convite da Renault.

Novo Renault Clio parte de R$ 23.290 na versão duas portas; configuração quatro portas custa R$ 24.290
Novo Renault Clio parte de R$ 23.290 na versão duas portas; configuração quatro portas custa R$ 24.290
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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