Óleo preto não significa velho; entenda

Levante a mão quem nunca ouviu o frentista falar que precisa trocar o óleo do seu carro porque está preto. Se você ainda não passou por essa, certamente passará. Saiba que é mais um dos mitos relacionados à manutenção automotiva. A cor escura do lubrificante nada tem a ver com a qualidade ou não. O importante é manter os prazos estabelecidos pelo fabricante.

“É prática comum no mercado indicar a troca aos consumidores quando o óleo se encontra muito escuro. Porém, o fato do óleo estar escuro indica que ele é eficaz na limpeza do sistema, e não que se está em más condições de uso”, explica Edmilson Santos, consultor técnico da Castrol Brasil.

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Por isso, se a quilometragem do óleo estiver dentro do indicado no cartão de troca (conforme a recomendação do fabricante), não entre nessa conversa de substituir o lubrificante por causa da cor. O que deve ser levado em consideração, também, é se o nível está entre o mínimo e o máximo indicado na vareta de medição. Porém, a verificação deve ser feita em um lugar plano e somente 10 minutos depois de o carro parar de funcionar. Com o motor quente, o óleo não descerá todo para o cárter (o reservatório) e pode dar a falsa impressão de que está abaixo do nível.

A maioria das montadoras indica a troca com cerca de 10 mil quilômetros ou seis meses. Edmilson lembra ainda outras recomendações fundamentais. “Ressaltamos a importância de trocar o óleo e o filtro nos tempos corretos; manter sempre o nível do óleo entre o mínimo e o máximo; usar lubrificantes e combustíveis de boa qualidade e com especificações iguais ou superiores às solicitadas pelos fabricantes e não usar aditivos complementares. Estes aditivos, além de terem preços superiores e não terem eficácia comprovada, não são recomendados pelos fabricantes”, observou o consultor técnico.

E lembre-se de não colocar mais óleo do que o máximo estipulado na vareta. O excesso de volume de lubrificante no cárter pode levar ao aumento na pressão interna e vazamentos.