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Molas exigem tanto cuidado quanto outras partes da suspensão

15 mai 2013 - 07h16
(atualizado às 07h16)
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É normal os motoristas se preocuparem muito com os amortecedores no sistema de suspensão de um carro. Mas outras peças também precisam de atenção, como as molas, que têm a função de absorver os impactos que o carro sofre. Quando elas apresentam defeitos, todo o restante do sistema poderá ser atingido.

De acordo com a responsável pela Assistência Técnica e Desenvolvimento da linha Cofap, Mônica Cassaro, a duração das molas é geralmente o dobro da vida útil do amortecedor. “A estimativa média para o amortecedor é de 40 mil quilômetros. Levando-se em conta essa projeção, a média para as molas seria de 80 mil quilômetros”, explica. No entanto, a revisão delas deve ser periódica e feita junto com outros componentes da suspensão. “O componente mais sujeito à verificação são os pneus, que devem ser balanceados a cada 5 mil quilômetros. Esse seria o período ideal para a verificação de todos os itens da suspensão”.

Entre os sinais de que as molas estão com problemas o mais visível é a perda de altura do veículo. Mas existem outros indicativos, como pontos de ferrugem na peça, áreas em que a superfície está descascada, trincas, ou se é verificado que o batente do carro está danificado, que é um sinal claro de que as molas já não estão em suas melhores condições. Também existem casos extremos, quando o motorista passa por algum obstáculo e ouve um barulho forte ou sente um impacto seco. Se isso ocorrer, significa que elas já estão muito degradadas.

Molas em estado ruim causam problemas em outros componentes da suspensão. “Uma mola arriada reduz o curso de trabalho da suspensão. Vai danificar batentes, amortecedor, rolamentos e altera o balanceamento”, afirma o analista de marketing da Rassin NHK Automotive, Alex Bressan.

Motoristas que gostam de carros rebaixados precisam também estar atentos para as modificações que serão feitas nas molas com esse procedimento. Em alguns casos, se corta ou se aquece essas peças para reduzir seu tamanho, e isso, além de proibido por lei, pode por em risco a vida dos passageiros. “Tecnicamente é muito ruim, prejudica toda a suspensão e tem risco de acidentes”, alerta Bressan. Para quem quer rebaixar o veículo, existem molas menores, esportivas, que são permitidas, desde que ainda atendam as especificações dos fabricantes dos carros. Mesmo assim, o equilíbrio, conforto e segurança do carro podem ser afetados.

Além do rebaixamento, outras intervenções nos carros também exigem alterações nas molas, como é o caso da inclusão do GNV ou a blindagem do automóvel. “O acréscimo de peso no veículo muda sua altura, tanto pelo uso do GNV como pela blindagem. A alteração nas molas procura restaurar a altura original e os demais componentes do sistema ficam sujeitos a um esforço adicional”, finaliza Mônica.

Fonte: Canarinho Press
Fonte: Terra
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