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GM discute manutenção de empregos em fábrica de SP

25 jul 2012 - 15h56
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Já dura mais duas horas a reunião sobre o futuro dos metalúrgicos empregados em setor que será parcialmente desativado pela General Motors (GM), em São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP). Segundo o sindicato da categoria, há risco de serem demitidos 1,5 mil empregados, número não confirmado pela empresa.

A negociação que tenta evitar cortes na fábrica começou às 11h30, na sede da prefeitura, com a participação de representantes dos governos federal, estadual e municipal.

Às 16h, haverá assembleia para avaliar o resultado da reunião. Depois de serem suspensas ontem, as atividades nas oito fábricas da GM naquela cidade foram retomadas hoje. O polo industrial da montadora naquela cidade emprega em torno de 7,2 mil pessoas.

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GM discute manutenção de empregos em fábrica no interior de São Paulo
GM discute manutenção de empregos em fábrica no interior de São Paulo
Foto: Divulgação

A GM concedeu licença remunerada a 2.700 empregados do complexo industrial de São José dos Campos e decidiu suspender a produção na terça-feira. O objetivo, segundo a marca, foi "proteger a integridade física dos colaboradores", enquanto continuam as discussões com os representantes sindicais em relação à viabilidade de uma das fábricas do complexo.

De acordo com a montadora, na reunião desta quarta-feira será negociada a situação de 1.500 trabalhadores da linha de produção, que corre o risco de ser desativada. Em comunicado, a GM afirma que "considerou as fortes evidências de mobilizações internas no complexo e entendeu que o momento atual é delicado e prefere não expor seus empregados a eventuais incitações e provocações comuns".

Em uma carta destinada aos empregados da fábrica, a empresa disse que os funcionários "não precisam comparecer ao trabalho". O comunicado interno fala ainda que para "preservar também os terceirizados, seus acessos à fábrica não serão permitidos", e que a orientação é que os funcionários "permaneçam tranquilamente em casa com seus familiares e aguardem novas instruções".

Em resposta à paralisação, o sindicato dos metalúrgicos da região afirmou em comunicado que a atitude da montadora é antidemocrática e se caracteriza como locaute, ou paralisação patronal, o que é proibido pela legislação brasileira. Segundo o sindicato, a paralisação acontece no dia em que havia sido programado um ato unificado na empresa entre sindicatos e centrais sindicais.

Para entidade, a atitude da montadora aumenta a insegurança e deixa clara a intenção de realizar uma demissão em massa a qualquer momento e impedir a resistência dos metalúrgicos. O comunicado divulgado pelo sindicato diz que os funcionários do terceiro turno, que estavam dentro da fábrica, receberam ordens para que saíssem antes mesmo do término do expediente.

Agência Brasil Agência Brasil
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