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Ford investe em pesquisa para carro 'falar' com wearables

Carros precisam se adaptar à onda de relógios, óculos e pulseiras inteligentes, avalia executivo

19 jan 2016 - 09h00
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A Ford quer avançar também na comunicação dos veículos da marca com dispositivos eletrônicos de "vestir", os chamados wearables, acessórios tecnológicos de uso pessoal como relógios, óculos e medidores de atividade física. Para isso, seu centro de inovação localizado em Dearborn, nos Estados Unidos, criou uma área de pesquisa exclusiva para essa integração.

Os cientistas e engenheiros do Laboratório Experimental de Wearables Automotivos da Ford pesquisam essa tecnologia para que o veículo possa conhecer melhor o motorista e oferecer recursos de assistência com base no seu estado de saúde – como no caso de ele estar estressado ou com sono. "Queremos desenvolver futuras aplicações que trabalhem com esses dispositivos para aumentar a funcionalidade e a segurança do veículo", disse Gary Strumolo, gerente global de infotrônica da Ford.

Laboratório de pesquisas tecnológicas da Ford, em Dearborn (EUA)
Laboratório de pesquisas tecnológicas da Ford, em Dearborn (EUA)
Foto: Divulgação

No quesito segurança, os pesquisadores estudam a possibilidade de associar informações sobre o estado de saúde do motorista com os recursos de tecnologia do veículo. O assistente de permanência na faixa, por exemplo, poderia ficar mais sensível se o smartwatch informar que o motorista não dormiu o suficiente na noite anterior. Outro exemplo: se o batimento cardíaco do motorista aumentar com o trânsito, o piloto automático adaptativo e o sensor de pontos cegos poderiam atuar manter uma distância maior do carro à frente, aumentando o espaço para eventual frenagem.

"A integração da tecnologia de wearables com o veículo permite o monitoramento contínuo de dados biométricos do motorista para tornar os sistemas de assistência mais sensíveis em caso de sinais de saúde comprometida ou falta de atenção", explicou Strumolo. A pesquisa de wearables faz parte do Ford Smart Mobility, plano da Ford para avançar na conectividade, mobilidade, veículos autônomos, experiência do consumidor e análise de dados.

Exemplos de wearables incluem smartwatches e óculos de realidade aumentada
Exemplos de wearables incluem smartwatches e óculos de realidade aumentada
Foto: Divulgação

O uso dos wearables no monitoramento de pressão arterial, nível de glicose no sangue e batimentos cardíacos pode servir também no desenvolvimento de novos recursos para a direção semiautônoma (na qual o carro se autodirege em parte do trajeto). Estão sendo buscadas maneiras de avisar o motorista para retomar o controle do carro semiautônomo em casos especificos (obstáculo à frente, por exemplo), com uma vibração no pulso, alerta sonoro ou luzes no painel.

Os testes incluem também a introdução do controle de voz na versão smartwatch do MyFord Mobile, tecnologia que permite ao motorista dar partida, travar, destravar e localizar o veículo remotamente. Com isso, será possível comandar o aplicativo sem precisar tocar no smartwatch ou no smartphone. E o laboratório também pesquisa a realidade aumentada, obtida pelos óculos inteligentes. Os clientes poderão usá-los nos distribuidores Ford como guia e para obter informações dos veículos, incluindo recursos como test-drive virtual. "O potencial dessa área não tem limites", completa Strumolo.

A Ford divulgou um vídeo (legendado em português) que mostra o funcionamento de seu laboratório em Dearborn; assista:

Fonte: Motorpress
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