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Conheça os carros da linha 2016 da General Motors americana

Como parte de estratégia para recuperar sua reputação, montadora apresenta novas versões de Camaro, Cruze, Spark, Volt e Malibu

18 jul 2015 - 20h08
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No final do primeiro semestre deste ano, a General Motors americana reuniu jornalistas de várias partes do mundo em Detroit, EUA. Num evento batizado de Chevy Movido pela Emoção, a empresa mostrou que não está brincando quando o assunto é recuperar a reputação mundial que tinha na metade do século passado. Durante três dias, abriu seus intestinos, revelou como desenvolve motores e transmissões, apresentou os responsáveis pelo design, mostrou os avanços na tecnologia de carros elétricos e, acima de tudo, antecipou e exibiu os modelos que compõem a linha 2016 da marca. Vamos a eles:

Malibu

Esqueça o Malibu que a GM importava para o Brasil até 2011. Pelo menos as linhas externas. O modelo 2016 traz tudo o que um sedã grande deve ter: conforto, desempenho ágil, maciez na condução e um porta-mala capaz de abrigar dois halterofilistas. Esses ingredientes já apareciam nas edições anteriores. A diferença é que agora estão envelopados por um exterior bem mais moderno, com visual rejuvenescido e um interior que faz do motorista uma ilha cercada de tecnologia por todos os lados. Principalmente no painel, que reproduz a tela do celular e executa boa parte das tarefas oferecidas pelos aplicativos.

Avaliamos as três versões do Malibu 2016 nos EUA:

São três versões, todas avaliadas pela reportagem do Terra. Duas delas, a LT e a LTZ são impulsionadas por um motor 1.8 híbrido, elétrico e a combustão. Essa combinação faz com que o carro chegue a fazer até 20 km por litro. O acabamento mais requintado é o que diferencia essas duas versões. Na LTZ, a mais sofisticada, todos os elementos que entram em contato diretamente com o corpo do motorista recebem revestimento em couro ou acabamento almofadado. Já o plástico é utilizado de maneira mais generosa no LT. Por fora, o Malibu 2.0 Turbo passa a mesma impressão de sedã bem comportado. Uma pisada mais incisiva no acelerador mostra que um coração de menino pulsa sob aquele capô. Essa é a nona geração do Malibu. Se ainda não ameaça a liderança dos sedãs grandes asiáticos, com certeza já tem oriental estudando o Malibu, que volta ao segmento com fôlego renovado.

Cruze

Adição mais recente à família 2016 da GM americana, o sedã ganhou tratamento de estrela do show biz durante seu lançamento. No interior do clássico teatro Fillmore, em Detroit, uma banda de rockabilly aqueceu a plateia. Quando o grupo parou de tocar, a luz foi rebaixada e a CEO da empresa, Mary Barra, retirou o lençol que cobria o carro. Depois dela, Alan Batey, presidente da GM Ame´rica do Norte, assumiu o microfone: “Esse é o mais global dos nossos modelos”, disse ele. Não é exagero. O carro aparece nas vitrines de concessionárias em 115 países e é o recordista mundial em vendas da marca. Foram 3,5 milhões de unidades comercializadas desde 2008.

Foto: General Motors / Divulgação

Apesar de estar maior por dentro e por fora, o novo Cruze ficou 113 kg mais leve. Agora o carro mede 4,67 metros de comprimento, sete centímetros a mais que a versão anterior. A eficácia na dieta se deve em boa parte ao uso inteligente de materiais no conjunto de motor e transmissão, que ganhou um belo banho de alumínio. A leveza não significa menos potência. O atual modelo é impulsionado por um motor 1.4 turbo, capaz de gerar 155 cavalos de potência, dez a mais do que o atual propulsor 1.8. Não havia modelos para ser avaliados por jornalistas durante o lançamento. Segundo informações da montadora, o novo Cruze vai de 0 km/h a 100 km/h em 8 segundos.

A interatividade de boa parte da linha 2016 também se faz presente no Cruze. A ideia é reproduzir a tela do celular no painel. Assim, se você tem o aplicativo ou software no seu telefone, também terá no ambiente do carro. Segurança foi outra grande preocupação na concepção do Cruze. Há dez airbags espalhados pelo carro e, o mais legal, um alerta que avisa quando o motorista sonolento está comendo faixa na rodovia. Toda essa segurança, tecnologia, desempenho e autonomia – o carro é capaz de rodar 800 km com um tanque – começa a chegar ao mercado americano em meados de 2016. Brasileiros terão de esperar mais um pouco.

Camaro

Entre 2011 e 2013, o Camaro levou a melhor sobre o Mustang no ranking de vendas de carros “musculosos” nos EUA. Em 2014, o bólido da Ford recuperou o topo do pódio. Agora, a GM aposta pesado na linha 2016 do Camaro para dar o troco na concorrência. Em primeiro lugar, prudentemente, não fez mudanças muito radicais. Em todos os modelos há aquele ingredientes que fazem a felicidade de quem curte carros superesportivos. O painel com uns toques de analogia, a posição de dirigir rente ao chão, os motores que vão do furioso ao incontrolável.

Dirigimos a versão mais “domesticada” do Camaro 2016:

O Camaro ficou menor, mais leve e econômico. Perdeu 5,8 cm no comprimento, 2 cm na largura e 2,8 cm na altura. Somada, toda essa diminuição se reflete num design mais compacto, esportivo e agressivo que nas cinco gerações anteriores. A adoção de alumínio em vários componentes responde por boa parte da perda de peso, que pode chegar até os 90 kg, dependendo da versão. Os modelos chegam com três motorizações distintas. Tem a mais “domesticada” 2.0 turbo, com 278 cavalos. O propulsor intermediário é um V6 3.6 aspirado e que leva o total de cavalos a 339. Mais emocionante de todas, a versão SS recebe um V8, capaz de impulsionar o carro até a velocidade de 349 km/h. O bom senso fez com que os organizadores da GM não disponibilizassem esse V8 para testes.

Para completar o arsenal de novidades, a GM apresentou o Camaro conversível. Basicamente ele tem tudo o que as outras versões do carro têm. A diferença, óbvio, é a capota recolhível, que vem com uma novidade: o mecanismo pode ser acionado com o veículo a uma velocidade de até 48 km/h. Assim, se começar a chover, não é preciso parar no acostamento para ter de volta o teto do veículo sobre a sua cabeça.

Volt

Em sua segunda geração, o Volt mostra que está pronto para entrar na paisagem urbana, hoje dominada por seus colegas mais poluentes. Antes de falar mais sobre o carro, um esclarecimento: não é exatamente correto chamar o Volt de híbrido, apesar de ter motores elétrico e a combustão, como o Toyota Prius, um híbrido já clássico. A diferença é que, no caso do carro japonês, a eletricidade funciona até os 40 km/h. Depois disso, é a gasolina que leva o veículo adiante. No caso do Volt, a combustão só é acionada quando a eletricidade se esgota. Assim, caso o dono do carro só o utilize dentro da cidade e rode até 80 quilômetros por dia, serão raríssimas as visitas ao posto de gasolina. Ok, isso não faz dele um modelo 100% elétrico, mas também não é híbrido. Por isso está sendo chamado de veículo eletrificado.

Foto: General Motors / Divulgação

Com seu motor 1.5 de 101 cavalos, o Volt se comporta quase que completamente como um veículo comum. Aceleração, retomada, frenagem, nada obriga uma adaptação por parte do motorista. A única diferença gritante é o silêncio. Tanto que, dentro do carro, é difícil diagnosticar se ele está ligado ou não. Essa característica faz dele uma das melhores cabines de som sobre rodas de que se tem notícia. Esperta, a GM equipou os veículos apresentados à imprensa com sistemas sonoros da Bose. Pra quem gosta de música, é o paraíso.

A única notícia ruim a respeito do carro é que muito dificilmente ele virá ao Brasil. Para torná-lo comercialmente viável, seriam necessários incentivos fiscais. Nos EUA, os descontos para os compradores chegam a US$ 7.500, dependendo do Estado em que é realizada a venda. É uma redução de cerca de 20% sobre o preço final. Com o sistema de importação em vigor no Brasil hoje e sem incentivos, o carro custaria por volta de R$ 200 mil nas concessionárias.

Spark

Apesar de ser o carro de entrada da linha e de ser vendido nos EUA por um preço previsto que gira em torno de US$ 13 mil, o Spark não ficou sem a conectividade dos seus irmãos mais caros e luxuosos. E o mais surpreendente é o espaço interno. Mesmo pequeno por fora, ele é capaz de transportar quatro adultos com mais de 1,70 m de altura. Se viesse ou fosse produzido e vendido no Brasil com a mesma tecnologia e conforto, deixaria o Celta na saudade. 

Foto: General Motors / Divulgação
Fonte: Terra
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