Anfavea quer ampliar afastamento temporário de trabalhadores
Atualmente, o afastamento de trabalhadores é limitado a cinco meses
O setor automotivo brasileiro quer que o período de afastamento temporário dos trabalhadores no Brasil seja ampliado para mais de cinco meses em períodos de baixo crescimento econômico, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, nesta quarta-feira.
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Atualmente, o afastamento de trabalhadores é limitado a cinco meses, com os salários pagos conjuntamente pelas empresas e pelo sistema governamental do seguro-desemprego.
"A economia, não só a brasileira mas em geral, passa por momentos positivos e de ciclos negativos, e achamos que o Brasil precisa ter proteção aos empregados pensando nesses ciclos", disse Moan a jornalistas após encontro com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.
Moan disse que o tema está sendo tratado entre montadoras e centrais sindicais e que ainda não foi levado ao governo. Se permitida, a extensão do prazo de afastamento temporário de trabalhadores não seria restrito às montadoras.
O interesse das montadoras pela extensão do prazo ganhou força diante da queda nas vendas de automóveis, diminuição das exportações de veículos para países como a Argentina e consequente aumento dos estoques nos pátios.
Em março, conforme dados apresentados pela Anfavea, o licenciamento de veículos foi de 240,8 mil unidades, com retração de 15,2% em comparação a março de 2013 e de 7,1% frente a fevereiro. "A ideia é mantermos os empregos o máximo possível", disse.
Questionado sobre o posicionamento das montadoras em relação à instalação de rastreadores nos veículos fabricados no País, Moan disse que o setor considera que a tecnologia está defasada. "Há decisão da justiça federal dizendo que aquela medida que obriga a adoção do rastreador é inconstitucional. Hoje não poderíamos colocar, mesmo se quiséssemos."