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Airbus pode cortar mais empregos na divisão de defesa

Divisão de defesa e espaço da empresa planeja corte de 2 mil empregos

23 mai 2014 - 12h30
(atualizado às 12h30)
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A Alemanha enfrenta cortes de empregos além dos planejados no setor de defesa e pode ver o fechamento de fábricas ou a mudança de unidades para outros países se o governo insistir em endurecer as restrições às exportações de armas, disse o chefe do Grupo Airbus à Reuters.

A divisão de defesa e espaço da empresa já planeja cortar cerca de 2 mil empregos na Alemanha. "Estou preocupado com a política cada vez mais restritiva de exportação de armas da Alemanha. Isso pode provocar demissões adicionais no país, para além dos nossos planos de redução atuais", afirmou o presidente-executivo, Tom Enders, à Reuters. "Poderemos ter até mesmo que considerar fechar fábricas inteiras, linhas de produtos ou sua mudança para fora da Alemanha." 

Os comentários, feitos em entrevista exclusiva durante o evento Berlim Airshow, aumentam as apostas em uma batalha crescente com o governo alemão sobre o futuro da indústria de defesa. Nesta semana, o ministro da Economia, Sigmar Gabriel, prometeu uma abordagem muito mais cautelosa para o licenciamento de exportação de armas, sinalizando uma mudança em relação à política do governo de coalizão anterior, quando as vendas aumentaram. Enders disse que ainda é muito cedo para dizer quantos cortes de empregos adicionais podem estar envolvidos já que o governo de Berlim está no poder há menos de seis meses.

A exportação de armas tem sido uma questão delicada na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas está sob escrutínio ainda maior nos últimos anos por causa do aumento dos volumes e porque um grande número de armas está indo para países que não são parceiros na União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e para regiões potencialmente instáveis.

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