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Cameron: Brasil e Reino Unido vão resistir ao protecionismo

28 set 2012 - 14h49
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Em visita ao Brasil, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que em reunião com a presidente Dilma Rousseff, os dois governos concordaram em "resistir ao protecionismo". O Brasil vem recebendo críticas por sua proteção ao mercado doméstico mediante a taxação de produtos importados. Em discurso na Assembleia Geral da ONU, a presidente usou o termo "legítima defesa".

"Concordamos em resistir ao protecionismo e diversificar nossos esforços para alcançar um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que poderia gerar 4,5 bilhões de euros apenas para a União Europeia", disse. "Promover o comércio e o crescimento também significa nossa colaboração em novos setores onde a Grã-Bretanha e o Brasil compartilham de forças particulares", acrescentou o premiê.

Para Dilma, o fluxo comercial entre os dois países pode crescer ainda mais. Ela citou como áreas de interesses os investimentos na indústria, na produção de petróleo e gás, no serviço financeiro, logística e mineração. "É positivo que os britânicos estejam buscando novas oportunidades na economia brasileira no momento em que estamos fazendo grandes esforços para modernização da infraestrutura com implementação do plano de investimento nas áreas de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos", disse.

Há algumas semanas, uma comitiva de ministros viajou à Europa em busca de parceriso para os programas portuário e aeroportuário e fez reunião com executivos da BEA, que administra o aeroporto de Heathrow, em Londres.

Nesta sexta-feira, Dilma e Cameron assinaram seis acordos de cooperação sobre temas que vão de assuntos tributários até o programa Ciência sem Fronteiras. Um dos atos trata de troca de informação referente a preparação e legado dos jogos olímpiadas. A assinatura ocorre pouco após a denúncia de que o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 (Co-Rio) furtaram arquivos digitais da organização dos jogos olímpicos de Londres.

O intercâmbio comercial entre Brasil e Reino Unido cresceu 63,2% entre 2007 e 2011, alcançando US$ 8,6 bilhões. Até agosto deste ano, o Brasil foi superavitário em US$ 600 milhões no comércio bilateral. O Reino Unido é o sexto maior investidor no País.

Fonte: Terra
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