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Câmara aprova MP que dá incentivos a setor de etanol

27 ago 2013 - 16h27
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira a medida provisória 613, que dá incentivos tributários ao setor de etanol. O texto será agora analisado pelo Senado. A MP dá aos produtores de etanol e à indústria química incentivos por meio de crédito presumidoe redução de alíquota do PIS/Pasep e da Cofins.

Para votar a MP, que expira em 4 de setembro, os deputados fecharam acordo para retirar do texto as regras para exploração dos portos secos. Os parlamentares incluíram no texto uma emenda do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), que garante aos produtores de etanol o uso de saldo de créditos do PIS/Pasep e da Cofins para compensar outros tributos ou pedir ressarcimento.

Além dos incentivos para o setor de etanol, o texto da MP aprovado garante a liberação de R$ 3 bilhões para os municípios, segundo a assessoria do relator da matéria, senador Walter Pinheiro (PT-BA). A assessoria do senador informou que a primeira parcela desses recursos aos municípios, de R$ 1,5 bilhão, será liberada até 15 de setembro. O restante sairá até abril do ano que vem.

Se a MP não for aprovada pelos senadores até o dia 4, os produtores de etanol e as indústrias química e petroquímica voltarão a recolher a alíquota máxima do PIS e da Cofins. Desde maio, as empresas desses segmentos estão beneficiadas com a desoneração desses tributos. Uma eventual queda da MP poderia, portanto, impactar no preço final do etanol para os consumidores.

A demora na aprovação da medida vem preocupando o setor sucroalcooleiro e a presidente da associação que reúne as usinas do centro-sul (Unica), Elizabeth Farina, manifestou recentemente temores de que a MP perca validade.

Com a aprovação da MP pelos deputados, a matéria deve chegar ao Senado dentro do prazo definido pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para ser analisada antes de caducar. Após a votação em cima da hora da MP dos Portos, em maio, Renan afirmou que só colocaria na pauta do Senado a votação de MPs com ao menos sete dias de validade.

Fonte: Reuters News
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