Conheça a história do Brics composto por cinco países entre eles Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os cinco países que compõem os Brics têm atuado juntos para pôr em prática acordos comerciais e desenvolver projetos conjuntamente. Essa união, no entanto, começou apenas como uma sigla – um acrônimo que fazia referência a quatro países em desenvolvimento que se destacaram no início da década de 2000 pelo rápido crescimento de suas economias (Brasil, Rússia, Índia e China) – a África do Sul seria incluída somente quase uma década depois. O grupo, ao contrário do que muitos pensam, não representa um bloco econômico como o Mercosul ou a União Europeia. Os países participantes apenas compartilham de uma situação econômica parecida. Conheça mais sobre a história dos Brics nas próximas páginas. O termo “Brics” nasceu de uma expressão do economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O’ Neil, em um estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs” (Construindo uma economia global melhor BRICs, em tradução livre). A sigla fixou-se como categoria de análise nos meio econômicos, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Somente em 2006, o conceito daria origem a um agrupamento de políticas externas dos quatro países em desenvolvimento – Brasil, Rússia, Índia e China. Até 2006, os Brics não estavam reunidos em um mecanismo que permitisse a articulação entre os países. Tudo mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada durante a 61ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada no dia 23 de setembro de 2006. Este foi o primeiro passa para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar juntos. A África do Sul passou a fazer parte do grupo em 2011, quando foi formalmente convidada pelos quatro países-membros. Com a entrada da quinta nação, a letra S do termo passou a representar a África do Sul, que em inglês se escreve South Africa. Os Brics não são um bloco econômico como o Mercosul e a União Europeia. O agrupamento, na verdade, tem um caráter informal. Não há um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a qualquer de suas atividades. O que sustenta o grupo é a vontade política entre os países-membros. O grau de institucionalização do grupo, no entanto, tem se intensificado, à medida que os cinco membros aumentam a interação entre si. O grupo começou a intensificar suas forças a partir da Cúpula de Ecaterimburgo, na Rússia, em junho de 2009. Na ocasião, reuniram-se os chefes de Estado Luiz Inácio Lula da Silva, Dmytri Medvedev, Manmohan Singh e Hu Jintao, representantes de Brasil, Rússia, Índia e China, respectivamente. Em abril de 2010, o projeto foi levado adiante com a realização da II Cúpula dos Brics em Brasília. A África do Sul participou do encontro como país convidado. A III Cúpula ocorreu em Sanya, na China, em abril de 2011, já com a presença da África do Sul como membro. Este encontro reforçou a posição do grupo como espaço de diálogo no cenário internacional. O encontro também serviu para elevar a voz dos cinco países sobre temas da agenda global, como questões político-financeiras, e impulsionar projetos conjuntos em diversos setores, como de energia, agrícola, e científico-tecnológico. A IV Cúpula foi realizada em março de 2012, em Nova Déli, na Índia. Neste encontro, os países começaram a discutir sobre a criação de um banco de desenvolvimento. A ideia partiu do governo da Índia, como uma forma de afirmar o poder do grupo e aumentar sua influência em questões internacionais. O objetivo do banco seria financiar projetos sobre desenvolvimento e infraestrutura em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. A V Cúpula dos Brics foi realizada em Durban, na África do Sul, em março de 2013. Entre as questões importantes discutidas esteve a criação do banco de desenvolvimento do Brics. Realizada em Fortaleza, logo após a Copa do Mundo de 2014, os Brics se reúnem na VI Cúpula para decidirem sobre os últimos detalhes do banco de desenvolvimento. O banco teria uma presidência rotativa com mandato de cinco anos e a sede da instituição deverá ser em Xangai, na Chile, ou Nova Déli, na Índia. Um executivo a ser nomeado pelo país que estiver no rodízio deve chefiar a instituição. Para evitar sobreposição de poder, os cinco sócios terão cotas igualitárias, de 20% cada. A instituição terá capital inicial de US$ 50 bilhões para investimentos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Além do banco, os Brics devem criar um fundo de reservas. A ideia é que o fundo possa ser utilizado pelos membros em momentos de necessidades financeiras. Dotado de US$ 100 milhões, os países entrariam com os seguintes aportes: US$ 41 bilhões da China; US$ 18 bilhões do Brasil, Índia e Rússia, cada; e US$ 5 bilhões da África do Sul. Entre 2003 e 2007, os quatro países que formavam o acrônimo BRIC representou 65% da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Segundo o Itamaraty, o PIB dos Brics já supera hoje o dos Estados Unidos e o da União Europeia. Em 2003, os Brics respondiam por 9% do PIB mundial. Já em 2009, esse valor passou para 14%. Em 2010, o PIB em conjunto dos cinco países totalizou US$ 11 trilhões, 18% da economia mundial. Conheço um pouco mais sobre cada membro dos Brics: mais especiais de economia