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Brics discutirá na China sobre reforma do sistema monetário

2 abr 2011 - 09h06
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Os líderes do grupo Brics - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - discutirão a reforma do sistema monetário internacional e as oscilações dos preços na cúpula do bloco que será realizada no próximo dia 14 na cidade de Sanya, na ilha chinesa de Hainan. "Esperamos que os líderes abordem temas como a reforma do sistema monetário internacional, a oscilação dos preços, a mudança climática, o desenvolvimento sustentável e outros assuntos", assinalou em entrevista coletiva o ministro-assistente de Relações Exteriores chinês Wu Hailong.

A agenda da terceira cúpula do Brics inclui também a adesão formal da África do Sul ao bloco, que vem após o convite feito ao país em dezembro passado. Sobre a variação de preços, Wu manifestou esperança de que, durante o encontro, "os cinco países possam trocar ideias e obter um consenso" para levar à cúpula do Grupo dos 20 (G20, países mais ricos e principais emergentes) que será realizada em Cannes (França) em novembro.

Em Sanya, os líderes debaterão assuntos relacionados à situação internacional, temas econômicos e financeiros, de desenvolvimento e de cooperação entre os membros do Brics. Wu afirmou que estão de fora da agenda da reunião temas sobre o valor do iuane, as conversas de seis lados para a desnuclearização da Coreia do Norte e a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, pois o encontro do Brics "não é a ocasião apropriada para discuti-los".

Em relação à possibilidade de abordar a crise na Líbia, o ministro chinês explicou que nenhum dos países-membros propôs uma declaração específica sobre este assunto, mas "naturalmente estará na agenda da reunião". Atualmente, todos os cinco países do Brics são também membros do Conselho de Segurança da ONU, mas só China e Rússia possuem assento permanente no órgão - e apenas a África do Sul votou a favor da intervenção armada internacional na Líbia, enquanto os demais se abstiveram.

Sobre o possível alargamento do Brics para incluir outros países, depois da incorporação da África do Sul, Wu destacou que a China "está aberta à expansão", mas assinalou a necessidade de que isso seja discutido pelos membros e que haja consenso. A presidente Dilma Rousseff pretende comparecer à cúpula, após visita oficial a Pequim, onde se reunirá com o chefe de Estado chinês, Hu Jintao, que será o anfitrião do encontro do Brics.

Fonte: Invertia Invertia
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