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Carne brasileira busca ampliar mercado no exterior

11 jun 2013 - 07h15
(atualizado às 07h15)
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As exportações de carne bovina cresceram 19,5% de janeiro a abril de 2013, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os principais compradores foram Hong Kong, com 111 mil toneladas, e o Irã, que triplicou o total de toneladas compradas. 

Para o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio, o crescimento em Hong Kong é reflexo da crescente demanda asiática por proteína animal. Em relação ao Irã, os números atestam a recuperação de mercado. “Nos demais países, o desempenho é satisfatório, e o crescimento em volume indica uma recuperação da competitividade das exportações brasileiras, em grande parte, devido a um câmbio mais favorável”, avalia.

De acordo com Sampaio, os índices mostram que o Brasil é e será cada vez mais um grande fornecedor de carne bovina para o mercado internacional. “Hoje, exportamos carne bovina a mais de 130 mercados, e a nossa qualidade é reconhecida mundialmente”, enfatiza.

Como desafios, ele elege a evolução do status sanitário do país, com a erradicação da febre aftosa, e mais acordos comerciais, que ajudariam a impulsionar as exportações. “O Brasil e o Mercosul ainda têm poucos acordos celebrados com outros mercados e blocos econômicos”, explica.

Suína

No acumulado do ano, as vendas externas de carne suína somaram 156.035 toneladas, uma retração de 9% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2012. A receita também caiu: 5,27%. 

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Eduardo Saldanha Vargas, o fraco desempenho dos volumes exportados é reflexo do fechamento do mercado ucraniano, que, em 20 de março, impôs restrição às importações oriundas do Brasil. “Como tradicionalmente ocorreu em anos anteriores, as perspectivas para o segundo semestre são de recuperação, tanto nos volumes como na receita cambial”, considera.

Para Vargas, o principal desafio da carne suína é enfrentar barreiras sanitárias. Por isso, considera importante negociar acordos bilaterais sanitários, permitindo a habilitação de frigoríficos. O mais recente foi fechado com o Japão. “As vendas para o Japão serão feitas por Santa Catarina, único estado brasileiro livre de aftosa sem vacinação”, pondera.

Frango

A receita das exportações brasileiras de carne de frango atingiu US$ 766,4 milhões em maio - 6% a mais que em relação ao mesmo mês de 2012. Em volume, no entanto, houve redução de 8,3%. No acumulado de 2013, há alta de 6% nas vendas externas e queda de 5,7% no volume, com 1,584 milhão de toneladas exportadas.

Para o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Francisco Turra, mercados com relacionamento de longo prazo com o setor exportador brasileiro apresentaram reduções nos volumes importados, a exemplo do Japão e da Arábia Saudita.  “É um comportamento esperado após um longo período com elevados níveis de embarques para estes mercados, que possivelmente estavam com estoques altos”, diz.

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