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Alimentação adequada do bezerro antecipa ciclo produtivo

12 jun 2013 - 07h16
(atualizado às 10h19)
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Técnicas adequadas de manejo alimentar de bezerras e novilhas são o primeiro passo para obter sucesso na produção leiteira. O baixo nível nutricional desses animais pode elevar a idade do primeiro parto e os custos para os criadores.

Segundo Rosane Scatamburlo Lizieire Fajardo, pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), não adianta criar mal as bezerras e tentar compensar na fase de recria. Para que as bezerras se tornem as futuras matrizes do rebanho, afirma ela, é preciso equilibrar boa alimentação, saúde e economicidade.

Dessa forma, a pesquisadora acredita que os animais podem chegar à idade de primeira cobertura ou inseminação com 330 quilos, aos dois anos, para rebanhos mestiços. “As raças puras são mais precoces, em torno de 15 meses”, diz, citando a raça holandesa.

Um sistema de alimentação eficaz é vital para a maximização dos lucros na cadeia dos bovinos de leite, fornecendo aos animais suas necessidades nutricionais: proteínas, energia, minerais e vitaminas. 

O aleitamento pode ser natural (com o animal mamando diretamente no úbere da vaca) ou artificial (com o fornecimento da dieta líquida em balde, mamadeira ou similar). Ambos focam a racionalização do manejo, controlando a quantidade de leite ingerida.

Para Rosane, a escolha entre o sistema natural ou artificial depende do tipo de rebanho. Os animais mais azebuados, como os da raça gir, não aceitam a ordenha sem o bezerro ao pé, ao contrário dos animais mais “raçados”, como a holandesa. “Para rebanhos com produção de leite abaixo de cinco litros/dia por vaca, não compensa todo o trabalho do aleitamento artificial”, avalia.

Fornecimento

A pesquisadora da Pesagro-Rio indica que, no caso do sistema artificial, o leite deve ser fornecido sempre no mesmo horário, temperatura e quantidade, que varia entre quatro e cinco litros por animal. Também é fundamental manter a higiene dos utensílios utilizados.

Já no aleitamento natural, é preciso haver regularidade no horário das “mamadas” e não esgotar a vaca totalmente, deixando mais leite para a bezerra. “O ordenhador sabe como fazer”, afirma. “Uma teta no primeiro mês de vida é uma boa opção”, completa.

O erro mais comum na fase de aleitamento, conforme Rosane, é fornecer quantidades insuficientes de leite para as bezerras, no processo artificial, ou esgotar a vaca totalmente, no sistema natural.

Ela reforça que a fase de cria deve ser vista como um investimento, e não como despesa. “Se bem alimentadas e manejadas, rapidamente as bezerras iniciarão sua vida reprodutiva e produtiva, dando, assim, o retorno mais rápido do investimento feito com a criação desses animais”, finaliza.

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