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BP diz que se defenderá com 'vigor' por vazamento nos EUA

19 fev 2013 - 21h10
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A petroleira britânica BP assegurou esta terça-feira que vai se "defender vigorosamente" na corte na próxima semana contra as reivindicações "excessivos" do governo dos Estados Unidos pelo vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010.

Embora a companhia estivesse disposta a selar acordos em "condições razoáveis" com a justiça, destacou em um comunicado que não aceitará a acusação dos Estados Unidos de negligência grave nem sua estimativa da quantidade de petróleo vazado.

"Frente às demandas que são excessivas e não baseadas na realidade ou os méritos do caso, vamos a julgamento", disse Rupert Bondy, assessor geral da BP, em nota.

A promotoria replicou com advertência que lutará pelas penas mais fortes possíveis em um julgamento que começa na próxima segunda-feira e no qual há dezenas de bilhões de dólares em jogo.

"Os Estados Unidos estão completamente prontos para o julgamento", disse à AFP Wyn Hornbuckle, porta-vozdo Departamento de Justiça americano. "Temos a intenção de demonstrar que a BP foi extremamente negligente e incorreu em má conduta intencional no vazamento de petróleo", acrescentou.

O julgamento que será celebrado em uma corte federal de Nova Orleans, estado da Louisiana (sul), consolida dezenas de processos pendentes derivados do pior desastre ambiental dos Estados Unidos.

A primeira fase do julgamento se concentrará na responsabilidade na explosão ocorrida em 20 de abril de 2010 e que causou o naufrágio da plataforma de perfuração Deepwater Horizon em frente à costa da Louisiana.

A explosão matou 11 pessoas e resultou no vazamento de milhões de barris de petróleo nas águas do Golfo, manchando de preto a costa de cinco estados, além de paralisar as indústrias de turismo e e a pesca.

A BP enfrenta processos civis que poderiam somar US$ 21 bilhões em multas, caso seja demonstrada negligência grave por parte da empresa. "Negligência grave é uma demanda muito alta que a BP acredita que não se cumpra neste caso", avaliou Rupert Bondy, acrescentando que "este foi um acidente trágico, resultado de causas múltiplas e que envolveu partes múltiplas".

Em janeiro, um juiz americano aprovou um acordo por US$ 4,5 bilhões que obrigava o governo federal a abandonar as acusações penais contra a companhia. No entanto, há múltiplas demandas civis que começarão a ser debatidas em 25 de fevereiro.

Fonte: AFP
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