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Bovespa tem alta em junho e acumula ganho de 6% no 1º tri

Principal índice da Bolsa, o Ibovespa teve alta de 0,61% neste mês

30 jun 2015 - 18h33
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Negociações em torno da dívida da Grécia têm influenciado o mercado acionário brasileiro
Negociações em torno da dívida da Grécia têm influenciado o mercado acionário brasileiro
Foto: Eco Desenvolvimento

O principal índice da Bovespa fechou em leve alta nesta terça-feira, no fim de sessão volátil pautada pela continuidade das negociações na Europa para a Grécia obter uma extensão de seu resgate financeiro.

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As ações da Petrobras seguiram sob foco, com o avanço de Cielo e JBS contrabalançando o efeito negativo dos papéis da Vale e de siderúrgicas.

O Ibovespa subiu 0,13% no dia, a 53.080 pontos, terminando o mês com variação positiva de 0,61% e acumulando no primeiro semestre ganho de 6,15%.

O volume financeiro na sessão somou R$ 5,36 bilhões, ante uma média de R$ 6,89 bilhões em 2015. Junho teve média diária de pouco mais de R$ 6 bilhões, enquanto em maio o volume médio por pregão foi de R$ 7,2 bilhões.

Na visão do gestor Marcello Paixão, sócio da Constancia NP, o mês foi marcado por uma reversão do humor conforme se acentuaram os sinais de desaceleração econômica no Brasil, o que explica os volumes mais fracos.

Do front externo, a perspectiva de calote da Grécia foi adicionando volatilidade ao longo do mês, ao mesmo tempo em que houve um choque de realidade nos setores de mineração e siderurgia com a correção dos preços do minério de ferro e do aço.

Para o segundo semestre, o mercado acionário brasileiro embarca em um ambiente marcado pela deterioração da economia local e indefinição acerca da primeira alta da taxa básica de juros pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, em quase uma década.

Destaques

A Cielo foi um relevante componente positivo nesta sessão, com ganho de 3,67%. O BTG Pactual divulgou prévia para o resultado do segundo trimestre afirmando esperar números fortes, com lucro líquido de R$ 900 milhões. "Trabalhamos com outro trimestre com forte performance de pré-pagamentos, reflexo das companhias se preparando para cenário mais difícil no segundo semestre e buscando melhorar balanço", disse o BTG em nota a clientes.

A JBS subiu 2,70%, após o Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) alterar regulamentações para permitir a importação da carne bovina não processada de 14 Estados brasileiros sob algumas condições específicas que mitiguem o risco de transmissão de febre aftosa. "Mais importante ainda é o fato que outros mercados podem acompanhar movimento aqui e facilitar o fim do embargo ao Brasil, como México e Canada (Nafta) e Japão e Coreia do Sul", disse o BTG Pactual em nota a clientes.

A Kroton Educacional e Estácio Participações experimentaram uma trégua, subindo 2,06% e 4,65%, respectivamente, após fortes quedas dos últimos dias por mudanças no programa de financiamento estudantil Fies. Do noticiário do setor, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação publicou nesta terça-feira portaria que prorroga para 20 de julho o prazo para a renovação semestral dos contratos de financiamento concedidos pelo Fies.

A Vale fechou com queda de 4,12% para as preferenciais e de 4,74% para as ordinárias, após os preços do minério de ferro no mercado à vista da China recuarem para a mínima de mais de um mês nesta terça-feira, acompanhando os preços futuros do aço, que atingiram uma mínima recorde em meio a um excesso de oferta e redução de demanda. "Nós continuamos cautelosos com as ações da Vale, especialmente conforme enxergamos margem de queda para os preços do minério de ferro no curto prazo, enquanto os preços do níquel também devem seguir pressionados, pesando nos resultados do segundo semestre", disse o Bank of America Merrill Lynch em relatório sobre o setor de mineração e siderurgia.

A Gerdau e Usiminas caíram 3,35% e 4,63%, respectivamente, em meio ao cenário desfavorável para o setor como um todo, com Usiminas ainda anunciando na véspera que fechará sede às sexta-feiras para reduzir custos . O JPMorgan disse acreditar que a melhor estratégia é focar em nomes que gerem fluxo de caixa livre positivo e considerando preço reiterou preferência por Gerdau, com recomendação "overweight", embora tenha cortado o preço-alvo de R$ 14 para R$ 10,5. A visão do banco para CSN é "underweight", enquanto USIMINAS foi cortada de "neutra" para "underweight". CSN perdeu 2,82%.

A Petrobras terminou com as preferenciais em queda de 0,31% e as ordinárias em baixa de 0,14%, conforme analistas seguiram avaliando o plano estratégico da estatal. A percepção de modo geral foi é de que a companhia foi razoável e realista, mas a cautela persiste. O Credit Suisse elevou o preço-alvo dos ADRs da estatal de US$ 5 para US$ 6, mas manteve recomendação "underperform", enquanto o HSBC elevou a recomendação de "reduzir" para "manter", subindo o preço-alvo das preferenciais de R$ 9 para R$ 15.

A BB Seguridade perdeu 1,87%, outro peso negativo, com o Itaú BBA chamando atenção para números divulgados na véspera pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) de maio, que revelaram tendências fracas para a companhia devido à desaceleração no crescimento dos prêmios e contribuição. "A divisão de pensão, por outro lado, mostrou um desempenho sólido, mas devido a uma desaceleração forte na base de comparação", avaliaram os analistas, que, ainda assim, mantiveram recomendação "outperform".

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