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Bovespa sobe com cenário externo e noticiário corporativo

Ibovespa avançou 2,29%, a 51.243 pontos

30 mar 2015 - 18h39
(atualizado em 31/3/2015 às 08h25)
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<p>Volume financeiro da sessão somou R$ 5,3 bilhões</p>
Volume financeiro da sessão somou R$ 5,3 bilhões
Foto: Nacho Doce / Reuters

O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta segunda-feira e recuperou o patamar dos 51 mil pontos perdido na semana passada, em meio ao quadro benigno nas bolsas no exterior e um noticiário corporativo local abundante, com Cesp entre os destaques positivos, após anunciar pagamento de dividendos.

O Ibovespa avançou 2,29%, a 51.243 pontos, com papéis de bancos privados respondendo pela principal contribuição positiva, diante da alta de 3,37% de Itaú Unibanco e de 2,10% de Bradesco. As ações respondem juntas por quase 20% do índice.

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O volume financeiro da sessão somou R$ 5,3 bilhões.

Os discursos alinhados da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, neste segunda-feira, após uma fala do ministro sobre a presidente ter gerado ruído, também ajudaram o mercado acionário.

Economista espera que Dilma aproveite crise para melhorar:

Os papéis da Petrobras corroboraram o tom positivo, conforme investidores seguem analisando as mudanças no Conselho de Administração e aguardam a divulgação do balanço auditado da petroleira. As ações preferenciais da estatal fecharam em alta de 3,62% e as ordinárias avançaram 4,01%.

No front internacional, o setor de biotecnologia figurou entre os nomes mais ativos em meio a uma série de anúncios de fusões e aquisições, favorecendo ganhos em Wall Street. O índice S&P 500 avançou 1,22%. A possibilidade de novos estímulos econômicos na China também proporcionou suporte.

Em nota a clientes logo cedo, o analista Marco Aurelio Barbosa, da CM Capital Markets, ainda destacou os comentários da chair do Federal Reserve, na sexta-feira, "que não indicou que os juros nos Estados Unidos comecem a subir tão cedo quanto acreditavam alguns agentes do mercado".

O momento e intensidade da alta dos juros "fazem enorme diferença para o fluxo de capital de investimento de portfólio, principalmente para economias emergentes como a nossa", afirmou.

O avanço do Ibovespa ainda encontrou suporte em relatório do Morgan Stanely, elevando sua recomendação para as ações brasileiras para "neutra" ante "underweight" (abaixo da média do mercado). Os analistas do banco veem o Ibovespa sendo negociado mais perto da estimativa otimista do banco para o final do ano de 60 mil pontos do que do seu cenário base de 50 mil pontos.

Papel por papel

Companhia Energética de São Paulo fechou em alta de 6,48% após disparar 11% nos primeiros negócios, com aviso de que irá distribuir R$ 1,58 bilhão em dividendos e repercussão do balanço.

Ações do grupo Gerdau recuperam-se nesta sessão, fechando em alta de mais de 4%, após queda ao redor de 10% na sexta-feira, em meio à citação da empresa entre as investigadas em operação Zelotes, da Polícia Federal e Receita Federal, para desarticular organização suspeita de manipulação bilionária de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Em nota a clientes, o BTG Pacual citou notícia da publicação especializada do setor siderúrgico SBB de que a Gerdau poderia aumentar preços em até 12% no início de abril. "Potencial aumento de 12% parece mais agressivo do que o mercado vinha especulando", disse o BTG.

BRF, por sua vez, destoou da tendência e recuou 0,44%, com operadores atrelando a fraqueza a uma reportagem citando a empresa entre as investigadas na referida Operação Zelotes. Na abertura, o papel chegou a cair quase 3%. Procurada, a BRF disse que "não se pronunciará a respeito de informações provenientes de fonte não oficial e lamenta ter seu nome exposto em lista de origem desconhecida".

Embraer subiu 2,55%, em meio à notícia de que recebeu um pedido firme de 17 E-Jets do Grupo Air France-KLM, com valor estimado de US$ 764 milhões com base em preços de lista.

Fora do Ibovespa, BR Insurance despencou 18,95%, após divulgar balanço trimestral. Em nota a clientes, o BTG Pactual avaliou que os dados do quarto trimestre foram muito fracos, "confirmando que um ponto de inflexão ainda está longe".

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