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Bovespa recua 2,3% e fecha na mínima em 4 meses

1 out 2014 - 21h01
(atualizado às 21h06)
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O principal índice da bolsa paulista fechou o primeiro pregão de outubro no menor patamar em quase quatro meses, com o quadro externo bastante negativo amplificando o mau humor do mercado financeiro doméstico com o cenário eleitoral.

O Ibovespa caiu 2,32% nesta quarta-feira, a 52.858 pontos, menor patamar desde 5 de junho, quando encerrou a 51.558 pontos.

Em dólar, o Ibovespa já devolveu os ganhos do ano e acumula perda de cerca de 2,4%. Até a véspera, ainda contabilizava alta de 1,5%. Na moeda brasileira, o Ibovespa ainda está no terreno positivo, com alta de 2,62% no ano.

O volume financeiro do pregão desta quarta-feira somou R$ 9,7 bilhões. "O pano de fundo ainda é a eleição, em particular a percepção de que a presidente Dilma Rousseff (candidata à reeleição pelo PT) está forte na disputa", disse Marco Aurélio Barbosa, analista na CM Capital Markets.

De acordo com o profissional, o mercado escolheu há meses o lado nesta eleição, e foi o da oposição, uma vez que avalia negativamente o nível de intervencionismo do atual governo na economia e a forma como Brasília se comunica com o mercado.

Na véspera, pesquisas do Ibope e do Datafolha mostraram a liderança firme de Dilma nas intenções de voto para o primeiro turno, com vantagem na segunda rodada, e redução da diferença de Marina Silva (PSB) sobre Aécio Neves (PSDB).

As ações preferenciais da Petrobras, bastante afetadas pelo noticiário eleitoral, recuaram mais de 5% e responderam pela maior pressão negativa no Ibovespa, assim como bancos como Itaú e Bradesco.

"Mas hoje o exterior também pesou bem na bolsa. Os yields dos Treasuries caíram com força após dados fracos nos EUA, o que acaba afetando o S&P 500 e, por tabela, a Bovespa", destacou Eduardo Roche, gestor na Canepa Asset Management.

Ele também chamou a atenção para a queda das ações do setor de aviação nos Estados Unidos após a confirmação, na véspera, do primeiro caso de Ebola naquele país.

A quarta-feira ainda foi marcada pela forte valorização do dólar sobre o real, o que respingou na bolsa local, afetando negativamente papéis Gol e beneficiando outros, como Braskem, Fibria, Suzano e Vale.

Empresas com exposição cambial, mais especificamente beneficadas pela valorização do dólar, estiveram entre os destaques em recomendações de ações para outubro, com a eleição presidencial ainda no foco das estratégias.

Banco do Brasil fechou em alta após o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, afirmar que o governo federal não vai "sacrificar" o valor das ações do BB que estão no Fundo Soberano se recorrer ao uso dos papéis da instituição financeira para fechar as contas públicas deste ano.

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