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Bovespa fecha em baixa por cautela sobre juros nos EUA

Apesar de queda de 0,64% nesta sexta-feira, o Ibovespa fechou a semana com ganho de 0,71%

12 jun 2015 - 18h07
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Impasse sobre dívida da Grécia também exerceu pressão para que o Ibovespa fechasse em baixa
Impasse sobre dívida da Grécia também exerceu pressão para que o Ibovespa fechasse em baixa
Foto: Nacho Doce / Reuters

A Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira, acompanhando o viés externo negativo, sem avanço nas negociações entre Grécia e seus credores e com investidores cautelosos antes de reunião do banco central norte-americano na próxima semana.

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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caiu 0,64%, a 53.347 pontos. O volume financeiro somou R$ 5,03 bilhões.

Na semana, o principal índice da bolsa paulista acumulou ganho de 0,71%.

As bolsas nos Estados Unidos fecharam em queda com as discussões sobre a dívida grega atingindo um impasse, além de preocupações renovadas sobre a chance de o Federal Reserve elevar os juros em breve, mas especificamente em setembro.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed reúne-se na próxima semana e o foco estará voltado principalmente para o discurso da chair, Janet Yellen, no término do encontro, a fim de balizar as apostas sobre os juros.

No front europeu, uma fonte do governo grego disse à Reuters que Atenas estava pronta para enviar contraproposta para resolver diferenças com credores e que retomaria as negociações neste sábado, após os credores abandonarem as discussões.

A próxima semana na Bovespa também começa com vencimento de opções sobre ações, que costuma afetar papéis com peso relevante no índice e que figuram entre as séries mais líquidas do exercício.

Destaques

Usiminas ficou entre os destaques na ponta negativa, com queda de 2,49%. A siderúrgica chinesa Baosteel anunciou corte de preços, o que passa uma sinalização negativa para o setor como um todo em razão da demana fraca naquele país, bem como eleva o prêmio do aço brasileiro em relação às cotações internacionais. Na visão do BTG Pactual, a Usiminas é a mais afetada pelo anúncio da Baosteel.

Gerdau também teve um dia de perdas, terminando com declínio de 1,26%, com agentes ainda atentos a encontro da empresa com investidores em Nova York. A equipe do Bank of America Merrill Lynch disse em nota a clientes que a empresa passou uma mensagem positiva no encontro quanto à sua estratégia, mas os analistas avaliam que os fundamentos fracos para o aço no Brasil continuarão pesando na ação.

Bradesco e Itaú Unibanco responderam por contribuição relevante para o declínio do Ibovespa na sessão, com perdas de 1,87% e de 1,04%, respectivamente. Uma reportagem do ValorPro sobre parlamentares do PT terem apresentado emendas à Medida Provisória que eleva a Constribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos e das instituições financeiras a fim de aumentar ainda mais a alíquota corroborou o tom negativo nas ações. O índice do setor financero caiu 0,85%.

Pão de Açúcar desvalorizou-se 2,52%, também figurando entre as maiores pressões de baixa. O Itaú BBA cortou o preço-alvo da ação de R$ 115 para R$ 110, embora tenha mantido a avaliação de "outperform" (desempenho acima da média do mercado).

Afiliar-se a corretora é bom 1º passo para investir na bolsa:

Vale fechou em queda de quase 1%, em meio à pausa no recente fortalecimento dos preços do minério de ferro na China.

Petrobras teve um dia volátil, com as preferenciais terminando em queda de 0,23%, enquanto as ordinárias subiram 0,21%. O noticiário da estatal incluiu dados de produção de maio, enquanto segue a expectativa pela divulgação do plano de negócios da empresa. No exterior, o petróleo fechou em queda.

Cetip ficou entre os papéis que destoaram da tendência geral ao subir 0,99%, com o BTG Pactual citando que os dados operacionais de maio divulgados na véspera trouxeram "mais do mesmo", com bons números no segmento de títulos e valores mobiliários, mas área de financimento de veículos e registros (GRF) ainda muito fraca. Apesar da recomendação "neutra" para a ação, o BTG disse que gosta da empresa, "principalmente pela resiliência no ambiente atual".

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