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Bovespa cai 3% na semana por preocupação com cena política

Há preocupação sobre a exposição de instituições financeiras a companhias ligadas às investigações de corrupção na Petrobras

6 mar 2015 - 19h35
(atualizado às 19h35)
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<p>Ibovespa caiu 0,76%, a 49.981 pontos, acumulando um declínio de 3,1% na semana </p>
Ibovespa caiu 0,76%, a 49.981 pontos, acumulando um declínio de 3,1% na semana
Foto: Nacho Doce / Reuters

A bolsa paulista terminou em queda nesta sexta-feira (6), encerrando uma semana marcada por preocupações com os riscos da deterioração na cena política ao ajuste fiscal e forte valorização do dólar, com balanços corporativos também no radar.

No dia, o Ibovespa caiu 0,76%, a 49.981 pontos, acumulando um declínio de 3,1% na semana. O volume financeiro no pregão somou apenas R$ 5,38 bilhões.

"A cena política pesou bem forte em todos os ativos locais, que mostraram um desempenho inferior bem claro ante seus pares da América Latina e de outros mercados emergentes", destacou Thiago Montenegro, trader na Quantitas Asset Management.

Bancos ditaram a queda do Ibovespa nesta sexta-feira, com Itaú Unibanco caindo 2,67% e Bradesco recuando 1,21%, enquanto Banco do Brasil cedeu 2,40%.

Há preocupação sobre a exposição de instituições financeiras a companhias ligadas às investigações de corrupção na Petrobras.

Ações da Petrobras 'derretem' na Bolsa :

Investidores aguardam a divulgação da lista de pedidos de abertura de inquérito apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito das investigações da operação Lava Jato.

As ações ordinárias da Petrobras também contribuíram com a queda do índice, fechando em baixa de 1,3%, enquanto as preferenciais caíram 0,43%.

Ainda na ponta negativa, CCR caiu 2,78%, em meio à forte alta dos juros futuros, um dia depois de divulgar balanço mostrando que fechou o quarto trimestre com avanço de 25,3% no lucro líquido.

Já o balanço de MRV Engenharia repercutiu bem e a ação fechou em alta de 4,55%, com analistas chamando atenção para a geração de caixa da empresa, que cresceu 46,5% na comparação anual. A empresa ainda disse que espera repassar preços em linha com a inflação.

O dólar voltou a chamar a atenção e respingar na Bovespa, colocando ações de papel e celulose como Fibria e Suzano Papel na ponta positiva e ajudando Vale a reverter perdas iniciais por causa do cenário de fraqueza do minério de ferro.

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