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Bovespa cai 1,8% e fecha no menor patamar desde 02 de abril

Ações da Petrobras responderam pela principal pressão de baixa

26 mai 2015 - 19h52
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Foto: Eco Desenvolvimento

A Bovespa fechou no menor patamar em mais de sete semanas nesta terça-feira, seguindo o desempenho das bolsas no exterior, com as ações da Petrobras respondendo pela principal pressão de baixa, enquanto papéis de ensino também recuaram forte após novas mudanças nas regras de inscrição no programa de financiamento estudantil Fies.

O Ibovespa , principal índice da bolsa paulista, caiu 1,79%, a 53.629 pontos, menor patamar de fechamento desde 2 de abril. O volume financeiro somou 6,6 bilhões de reais.

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Wall Street encerrou com os seus principais índices acionários no vermelho, com uma bateria de dados sobre a economia norte-americana endossando apostas de uma alta de juros nos Estados Unidos no curto prazo e fortalecendo o dólar globalmente.

Na Europa, problemas envolvendo a dívida da Grécia e o resultado das eleições locais na Espanha pesaram nos negócios.

O quadro fiscal doméstico também esteve no radar dos agentes financeiros, em meio a expectativas em relação às votações no Senado ainda nesta sessão das medidas provisórias do ajuste fiscal que alteram benefícios trabalhistas e previdenciários.

Em relatório a clientes, o JPMorgan disse que, "qualquer que seja o resultado da votação no Congresso, as medidas originais foram consideravelmente desfiguradas e vão exigir que o ministro da Fazenda trabalhe o ajuste ainda mais do lado da receita".

Destaques

A Petrobras teve peso relevante no resultado negativo, com queda superior a 3%. Profissionais do mercado citaram relatório do Credit Suisse que aponta que o preço da gasolina no Golfo do México estava nesta terça-feira 9% acima do preço praticado no mercado doméstico, o que tende a ser negativo para a estatal.

A Eletrobras esteve entre as maiores quedas índice, com as ordinárias encerrando em baixa de mais de 5%, em tarde marcada por julgamento na Comissão de Valores Mobiliário (CVM) de processo em que a União é acusada de suposto voto abusivo, com conflito de interesse, na aprovação da renovação antecipada das concessões da empresa em 2012.

A Kroton Educational fechou em queda de quase 4%, com a mudança nas regras para a inscrição no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pelo Ministério da Educação (MEC) motivando realização de lucros no papel, que ainda acumula mais de 10% de alta em maio.

A Estácio Participações caiu 3,80%.

Petrobras respira em meio à crise:

A Vale engatou nova alta, com as preferenciais subindo 0,58% e as ordinárias 1%, na esteira do avanço do preço do minério de ferro para entrega imediata no porto chinês de Tianjin, que subiu 1,6% nesta terça, a 62,10 dólares por tonelada, pico desde 12 de maio, segundo dados do Steel Index.

A Usiminas PN chamou a atenção, fechando com ganho de 3,02%, descolada de outros papéis do setor, em meio a especulações ligadas à disputada do controle da siderúrgica. O papel ON, que não está no índice, perdeu 0,65%.

A Suzano Papel e Celulose e a Fibira avançaram 4,21 e 2,23%, respectivamente, beneficiadas pelo avanço do dólar frente ao real e dados mostrando nova queda nos estoques de celulose de fibra curta em abril.

A TIM Participações e a OI também estiveram na ponta positiva, com altas respectivas de 2,52 e 2,87%, conforme o mercado segue atento a potencial fusão ou aquisição envolvendo as companhias, particularmente após o presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, que controla a TIM, afirmar recentemente que a companhia segue analisando o mercado brasileiro e que não colocou o tema envolvendo um eventual fusão com a Oi de lado.

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