Bovespa abre semana em queda e com fraqueza de commodities
Bolsa sofre com quadro externo que segue desfavorável
A bolsa paulista abriu a semana no vermelho, pressionada pelo quadro desfavorável externo, diante das dificuldades de Grécia e seus credores alcançarem um acordo, e com o declínio das commodities reforçando o viés negativo das operações locais.
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O Ibovespa fechou nesta segunda-feira (15) em queda de 0,39 por cento, a 53.137 pontos, em sessão marcada pelo vencimento dos contratos de opções, o que ajudou a inflar o volume negociado no pregão para 7,98 bilhões de reais.
O colapso no fim de semana nas negociações visando um acordo sobre a dívida grega levaram o comissário da Alemanha na União Europeia a dizer que chegou o momento de se preparar para um "estado de emergência".
Wall Street reduziu parte das perdas ao longo da sessão, e o S&P 500 fechou em queda 0,46 por cento, com agentes financeiros também avaliando dados econômicos dos Estados Unidos e à espera do resultado da reunião do Federal Reserve na próxima quarta-feira (17).
"O mercado está cauteloso ante os eventos da semana, com chance de o Fed sinalizar na quarta-feira (17) que não há mais necessidade de manter a política de juro perto de zero, enquanto os ministros das Finanças da zona do euro reúnem-se na próxima quinta-feira (18), quando podem dar um ultimato à Grécia", disse o operador Alexandre Soares, da Gradual Investimentos.
Destaques
SABESP liderou as perdas do Ibovespa, com recuo de 4,82 por cento, repercutindo informação publicada no jornal Valor Econômico de que a Fiesp entrou com pedido de liminar contra o reajuste de 15,24 por cento nas tarifas da empresa de água e esgoto do Estado de São Paulo.
VALE
PETROBRAS terminou com as preferenciais em queda de 0,23 por cento, enquanto as ordinárias subiram 0,14 por cento, após sessão volátil, tendo como pano de fundo o recuo nos preços do petróleo no mercado externo, enquanto o JPMorgan elevou a recomendação dos papéis da estatal para "overweight" e subiu preço-alvo de 11 para 18 reais.
EMBRAER subiu 0,5 por cento, após anúncio de que a fabricante de aeronaves recebeu 50 pedidos firmes para seus jatos de corredor único na feira do setor em Paris, avaliados em um total de 2,6 bilhões de dólares.
CESP avançou 2,38 por cento, com o noticiário incluindo a comentários do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Luiz Eduardo Barata, de que o governo tem conversado com associações do setor para negociar uma solução para o déficit financeiro das empresas de geração hidrelétrica.