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Black Friday deve movimentar R$ 200 mi no e-commerce

23 nov 2012 - 18h04
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O Black Friday Brasil deve movimentar R$ 200 milhões, valor 100% superior ao apresentado na mesma data do ano passado, segundo dados da consultoria e-bit divulgados nesta sexta-feira pelo Buscapé, empresa direcionada ao e-commerce. O Wal-Mart divulgou hoje que o movimento em sua loja on-line hoje, em função dos descontos promovidos para a Black Friday, foi equivalente a uma semana de vendas em dias normais.

De acordo com o Buscapé, seu site está com volume três vezes maior que o de uma sexta-feira comum. Para a Lomadee, empresa que faz parte do Buscapé Company, o faturamento do Black Friday Brasil será 50 vezes superior ao de uma sexta-feira sem a ação.

Mais cedo, o Busca Descontos, organizador da ação promocional, afirmou que o Black Friday 2012 superou as vendas do ano anterior em apenas 12 horas de liquidação. A empresa afirmou que as categorias mais procurados até o momento são: celulares, informática, eletrônicos, eletrodomésticos e games.

Preços "maquiados"

A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) notificou as empresas Extra (lojas física e virtual), Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Wal-Mart, Saraiva e Fast Shop, por indícios de maquiagem nos descontos, com base em denúncias que chegaram por meio de consumidores. As empresas têm até a próxima sesta-feira para responder sobre o assunto.

A empresa organizadora do evento também será notificada para que apresente explicações sobre problemas que o consumidor teve ao não conseguir o acesso em alguns links de ofertas e sites de lojas.

Após gerar polêmica nas redes sociais por causa dos "falsos descontos" oferecidos, a edição brasileira do Black Friday já registra casos em que as empresas retiraram do ar tais ofertas. O site agregador de descontos Busca Descontos afirmou já ter retirado cerca de 500 ofertas irreais que foram denunciadas pelos consumidores.

De acordo com a assessoria de imprensa do Busca Descontos, a empresa está contando com a colaboração dos consumidores para denunciar falsas ofertas - que passam por uma averiguação de uma equipe responsável em constatar a presença ou não de descontos reais."É lamentável que algumas lojas ainda insistam em fazer maquiagem de preço. Contamos com a ajuda dos consumidores nesse momento, para que denunciem as ofertas falsas", afirmou Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos.

Procurada, a B2W, proprietária das marcas Submarinos, Americanas.com e Fast Shop informou que apresentou ao Procon a documentação solicitada no prazo concedido e afirmou que os preços praticados hoje são promocionais e os descontos oferecidos no Black Friday foram negociados especialmente para o evento. A Saraiva afirmou que "não pode se manifestar a respeito das supostas irregularidades apontadas pelo Procon em relação à promoção Black Friday, pois até o momento ainda não foi notificada oficialmente a respeito do assunto". A empresa ainda afirmou que "respeita os direitos de seus consumidores e que atende a legislação aplicável, repudiando qualquer afirmação em sentido contrário".

O vice presidente de e-commerce do Wal-Mart, Flavio Dias, disse que houve negociações com fornecedores desde março para garantir descontos especificamente para hoje. Dias disse que viu pela imprensa - a companhia não havia recebido comunicação até as 19h - a informação de que o Wal-Mart foi uma das empresas notificadas pelo Procon-SP por suposta "maquiagem" de descontos e que ficou "indignado" com o fato.

"Todo e qualquer produto tinha um desconto verdadeiro. Os preços desses itens tinha um desconto real em cima dos que foram praticados nos últimos meses", afirmou o executivo, que também disse que a central de clientes do Wal-Mart não registrou nenhuma reclamação de cliente falando a respeito de preços.

O Terra também entrou em contato com o Extra e Ponto Frio, mas até o momento não obteve retorno.

Brasileiros aproveitam o Black Friday e vão às compras
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Foto: Edson Lopes Jr./Terra
Fonte: Terra
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