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BCE vê inflação negativa nos próximos meses, segundo revista

Constancio declarou que a zona do euro não está em deflação e que também não há risco dela aparecer

20 dez 2014 - 16h07
(atualizado às 16h07)
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O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vitor Constancio, disse em entrevista à revista alemã WirtschaftsWoche esperar que o índice de inflação na zona do euro se torne negativo nos próximos meses, mas que esse seria apenas um fenômeno temporário e que ele não vê o risco de deflação.

A taxa de inflação anual na zona do euro foi para 0,3% em novembro, com a queda dos preços de energia. No início de dezembro, o banco previu uma inflação de 0,7% para 2015, mas Constancio disse à revista que os preços do petróleo caíram mais 15% desde então.

Isso - ao mesmo tempo que deve estimular o crescimento e aumentar a inflação a longo prazo - cria uma situação traiçoeira a curto prazo.

"Esperamos agora uma taxa de inflação negativa nos próximos meses, e isso é algo que todo banco central tem que monitorar de perto”, disse Constancio, conforme citação, numa entrevista que será publicada na segunda-feira.

No entanto, ele declarou que meses de uma inflação negativa não significam deflação: “Você precisa de índices negativos por um longo período para isso. Se é somente um fenômeno temporário, eu não vejo perigo.”

Constancio declarou que a zona do euro não está em deflação e que também não há risco de deflação para todos os países que adotam a moeda comum.

Ele acrescentou que a produtividade em alta para países como a Irlanda e a Espanha, pode, por exemplo, levar ao aumento de salários, o que se contraporia ao risco da deflação.

Vitor Constancio ainda afirmou que previsões do Fundo Monetário Internacional, da Comissão Europeia e da OCDE, de que as debilidades da zona do euro continuariam até 2018, significam que haverá movimentos para a queda da inflação até lá.

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